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376 dias, vários sustos e uma alívio amargo: a temporada 2020 do Náutico em números

Iniciando ano como campeão nacional, o Timbu estava preparado para vôos maiores, mas resultados não vieram e prejudicaram calendário

postado em 01/02/2021 08:00 / atualizado em 01/02/2021 08:48

<i>(Foto: Caio Falcão/CNC)</i>
No longínquo 19 de janeiro de 2020, o Náutico estreou na temporada buscando consolidar a boa gestão em campo alcançando vôos maiores. Campeão da Série C do ano anterior, o Timbu enxergava a possibilidade de conquistar a Copa do Nordeste e o acesso à Série A. Porém, os resultados não agradaram e com a chegada da pandemia, a situação se complicou ainda mais. 

Assim, no reinício da temporada, em julho, vieram as eliminações precoces no Nordestão e no Estadual, que complicaram o ano seguinte, deixando o alvirrubro apenas com o campeonato local para disputar no primeiro semestre de 2021.

Já na Série B, o começo complicado culminou com a queda do técnico campeão nacional, Gilmar Dal Pozzo, logo após Gilson Kleina chegou, impulsionou a equipe a uma leve melhora, porém, na reta final da sua passagem, o Timbu encontrou sua pior fase no ano, com apenas uma vitória em 13 jogos. 

Hélio dos Anjos chegou e conseguiu consolidar a dominância do Alvirrubro nos Aflitos, com 77,8% dos pontos disputados, em nove jogos em casa, o que possibilitou sua permanência na Série B, com 44 pontos em 38 jogos, apenas 38,1% de aproveitamento. Assim, 376 dias depois o torcedor teve de se contentar com alívio amargo para quem pretendia passar o seu aniversário de 120 anos na elite do futebol nacional. 

Um ano equilibrado
Levando em consideração o recorte geral do ano, pode-se dizer que o Náutico teve uma performance equilibrada em termos de resultados. Nos 59 jogos, o Timbu saiu de campo vitorioso e derrotado pelo mesmo número de vezes: 19. O resultado que mais aconteceu na temporada foram os empates, que ocorreram em 21 oportunidades, com 15 (71,4%) deles acontecendo nos Aflitos. 

Quanto aos gols marcados, também há equilíbrio, mas os números mostram um desempenho ruim da defesa alvirrubra. Nos 59 jogos disputados, a retaguarda do Timbu foi vazada 66 vezes. Dois gols a mais do que a produção total do ataque, que marcou 64. 

Gols concentrados
Analisando os gols marcados pelo Timbu em 2020, percebe-se que houve uma grande concentração dos tentos em três nomes do setor ofensivo do time. Principais artilheiros da equipe, Jean Carlos (13), Kieza (11) e Erick (7), somaram 31 (48,4%) dos 64 gols do Alvirrubro.

Além de principal artilheiro, Jean Carlos, que teve uma temporada mágica até o início da pandemia, foi o maior garçom alvirrubro em 2020. com oito assistências. Assim, o meia, que é a principal arma da bola parada do Náutico e tem contrato com o Timbu até 2022, participou diretamente de 21 dos 64 gols marcados. O segundo é Erick, que com as suas cinco assistências, soma 12 participações-chave. 

Grande participação dos pratas da casa
Uma das principais contratações do Náutico para 2020, junto com Kieza e Ronaldo Alves, Erick foi, dos 54 atletas utilizados, o jogador que mais entrou em campo pelo Timbu na temporada, com 50 aparições. Revelado pelo Timbu, o atacante foi trazido de volta ao Alvirrubro por empréstimo junto ao Gil Vicente, primeiramente e depois pelo Braga, e tem contrato garantido até junho de 2021.

Logo em sequência, está o meia Jean Carlos (49), seguido por Rhaldney (48) e Hereda (45), todos estes com vínculo longo com o Timbu, encerrando-se em dezembro de 2022. Inclusive, o meia recebeu a extensão durante 2020 devido ao bom desempenho nos primeiros meses do ano. Quem fecha o top 5 é o experiente meia-atacante Jorge Henrique, também com 45 aparições, mas que tem o futuro incerto para a sequência. 

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