Coletiva ocorreu na sala do Conselho Deliberativo alvirrubro (Foto: Divulgação/CNC)
Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira (2), o Náutico trouxe detalhes sobre o processo de Recuperação Judicial, que busca equacionar o passivo e viabilizar a reabilitação financeira do Timbu, que, atualmente, conta com um passivo de R$ 132 milhões. Diógenes Braga, mandatário do clube, esteve ao lado de Alexandre Carneiro, presidente do Conselho; além do advogado Rodrigo Cahu Beltrão e da contadora Gabriela Azevedo.
De todo o passivo do clube, cerca de R$ 112 milhões são pertencentes a dívidas trabalhistas com ex-jogadores e treinadores do Náutico, com o restante sendo referente à classe quirografária, que representam dívidas comerciais, civis e de natureza residual, além de microempresas, dividindo o plano apresentado em três partes.
Para os credores trabalhistas, o Timbu busca pagamento, em até um ano, de 100% dos salários atrasados, 13º, férias, adicionais de insalubridade e noturno, avisos prévios e auxílio alimentação, além de 10% de verbas referentes a outro fatores. Visando à classe dos credores civis e comerciais, o plano espera quitar 90% dos valores em até 18 meses. O Náutico terá até o dia 13 de agosto para que os planos sejam aprovados pelos credores. Caso um acordo não seja feito, mais 180 dias estarão disponíveis para negociações.
“Todas as medidas serão avaliadas com muito cuidado e serão submetidas aos órgão deliberativos do Clube com absoluto respeito ao Estatuto Social”, disse o presidente do clube.
Um dos principais objetivos da Recuperação Judicial alvirrubra é implementar o modelo da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) ao clube. Ainda em fevereiro, Rodrigo Cahu Beltrão, advogado que esteve presente na coletiva desta sexta-feira (2), já havia falado sobre o assunto.
“O processo de recuperação judicial que planeja o Náutico vem na corrente de reestruturar o passivo do clube durante este processo de modernização. Essa é uma faculdade que todo clube do futebol brasileiro hoje tem após a adição da Lei da SAF. Essa ação prevê meios de atração de investidores para a implementação da SAF, mas também busca meios de enfrentamento das dívidas, realidade que existe na maioria dos clubes do Brasil”, afirmou.