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SANTA CRUZ

Da missa, um terço: Santa Cruz vai para quinta temporada na Série D nos últimos 15 anos

Após eliminação contra o Tocantinópolis, resta ao Santa focar na seletiva da Copa do Nordeste

postado em 15/08/2022 08:01 / atualizado em 15/08/2022 18:30

<i>(Foto: Rafael Vieira/DP Foto)</i>
Martírio coral. A eliminação do Santa Cruz para o Tocantinópolis trouxe à tona mais uma estática negativa: nas últimas 15 temporadas, em cinco o Tricolor esteve na última divisão do futebol nacional. O estopim veio após derrota por 1 a 0 para o Tocantinópolis. Na ida, um empate sem gols frustrou os presentes no Arruda. 

O calvário permanece nas Repúblicas Independentes do Arruda. O clube irá disputar a sua quinta participação na Série D (2009, 2010, 2011, 2022 e 2023).  Durante a competição, o apoio nas arquibancadas foi praticamente incondissional, a torcida abraçou e seguiu o mantra de ‘nunca abandonar’. Porém, não foi suficiente. 

Na primeira fase, o clube teve a melhor média de público presente da Série D, com 14.295 mil torcedores por jogo. No mata-mata, os números são ainda melhores, o time teve o maior público do campeonato na partida de ida contra o Tocantinópolis com mais de 40 mil pessoas no estádio do Arruda. Neste confronto, o Santa Cruz voltou após sete anos a ter um renda milionária, inclusive, a segunda maior da história do clube.

Durante o campeonato, os problemas extracampo adquiriram protagonismo no clube, os bastidores corais foram marcados por salários atrasados, exposição de técnico e jogadores insatisfeitos. Na metade da competição, o técnico Leston Júnior e o diretor de futebol Marcelo Segurado foram demitidos após desabafarem em coletiva de imprensa sobre os salários atrasados. Posteriormente, o lateral direito Edson Ratinho criticou as condições de trabalho, e acabou também sendo demitido.
 
Em campo, o Santa criou mais que o adversário, mas vai para um fim de temporada melancólico, carimbado pelo discurso do treinador Marcelo Martelotte.
 
"Passamos por algo difícil, até voltar a se pensar em situações (de acesso). Recolocamos numa condição melhor, a vencer. Batemos o Retrô, por exemplo, que tinha sido a melhor equipe da primeira fase", disse Martelotte, emendando sobre o futuro. "Meu contrato com o Santa é até o fim de outubro. Não sabemos o que vai acontecer, todo mundo estava focado nesse jogo decisivo."
 
Já o executivo Rogério Guedes não garantiu permanências, se limitando a dizer que ainda precisa de uma reunião com o restante da cúpula coral. "Sim, todo mundo tem contrato até outubro, mas é algo recente ainda (eliminação) e ainda vamos se reunir na volta em Recife. O nosso objetivo era se classificar", pontuou.