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SANTA CRUZ

Nas mãos do Executivo e do Deliberativo, o Santa Cruz vive jogo de xadrez para definir futuro da SAF

O futuro do Santa Cruz está imerso num embate entre poderes

postado em 04/08/2023 16:00 / atualizado em 04/08/2023 16:09

<i>(Foto: Rafael Vieira/DP FOTO)</i>
Num jogo de xadrez os movimentos das peças no tabuleiro são apenas uma minúscula parte do que nós vemos, que, por detrás de tudo isto, existem as mãos que as movem, e as finalidades dos indivíduos ao mover suas mãos. O presente e o futuro do Santa Cruz está imerso num embate entre o Poder Executivo e o Conselho Deliberativo. Se o atual presidente do clube, Antônio Luiz Neto, corre contra o tempo para fechar a SAF no clube. A oposição, liderada por Marino Abreu, presidente do Conselho Deliberativo, e Eduardo Cavalcanti, da comissão da SAF, lutam para que os sócios tricolores tenham o poder de decisão numa eventual venda da instituição.

PODER EXECUTIVO
Considerado uma espécie de Rei na competição pelo poder, o  presidente Antônio Luiz Neto garante que a  promulgação da constituição da SAF está cada vez mais próxima. Como forma de aceitação ao tema, o Santa Cruz deu início ao processo de esclarecimento sobre a SAF em suas redes sociais. O especialista em recuperação de empresas, Lucas Cavalcanti, gravou para TV Coral comentando possíveis dúvidas da torcida sobre a implementação da SAF.
 
“O primeiro passo é achar o parceiro certo, que tenha a experiência em gestão capacitada em futebol para que ele consiga explorar a atividade principal do clube que é o futebol, de forma profissional que consiga sanear as dívidas e que entregue o resultado esportivo”, destacou.

“É quando se transforma em SAF procura deixar o clube mais pronto e estruturado para receber investidores, que dificilmente faria se fosse associação pela insegurança jurídica que se tem no modelo associativo, como por exemplo, o modelo pressupõe que não tenha fins lucrativos. Quando você tem um terceiro que vai gerir um SAF, ele tem interesse em ser lucrativo, ele quer que dê resultado. Ele tem a obrigação de resultados no próprio interesse que está sendo investido. Então, você cria regras de governança, você sai do modelo associativo que sempre existiu desde sua origem para passar por um modelo de profissionalização”, completou.
 
 
CONSELHO DELIBERATIVO
Dentro do tabuleiro político do Mais Queridos as mudanças de peças são recorrentes. Afastados em junho, o presidente do Conselho Deliberativo, Marino Abreu, e o presidente da comissão da SAF, Eduardo Cavalcanti retornaram ao clube com a missão de devolver ao sócio o poder de decisão na SAF e cobrar do executivo para que seja prestado esclarecimentos sobre as negociações.

“Estamos apenas cobrando aquilo que o estatuto prevê, cobrando que o presidente apresente as contas, que o presidente responda aos questionamentos do conselho. Então, retornamos aos cargos com a sensação de que a justiça vem sendo feita, um erro foi corrigido. Iremos continuar com a nossa saga para cumprirem o estatuto do Santa Cruz é que as informações sejam realizadas de forma transparente”, disse Eduardo Cavalcanti.

“Nós vamos cobrar para que se abra essa caixa preta aos membros que são competentes. Nós vamos defender a nova AGE para devolver ao sócio o poder de decidir a SAF no Santa Cruz. Porque a SAF hoje pode ser a maior decisão ou a maior virada de chave para o clube nos últimos 40 anos. Exigimos que o executivo abra a sua caixa preta para o conselho e vamos seguir com a pauta da AGE para devolver ao sócio a competência de decidir se o Santa Cruz vira uma SAF”, finalizou o conselheiro.

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