Torcida única não impedirá brigas entre as organizadas. Seguimos nesta história. O que já bati nesta tecla. Quem defende a ideia de apenas uma torcida nos estádios não deve ter visto as cenas em diversos estados no último final de semana. As ruas foram invadidas pelos marginais, com camisas das TOs, em brigas que resultaram até em morte em Minas Gerais. O torcedor de verdade, o apaixonado pelo seu clube, é punido pela incapacidade das autoridades públicas em conter esses avanços das uniformizadas por todo o País. Torcida única não segura quem quer arrumar confusão. Falta atitude.
Cadê as ações do Ministério Público? Cadê as prisões dos terroristas que agrediram o ônibus do Fortaleza? A PM também precisa se reciclar. Ao invés de agredir a torcida na fila para entrar nos estádios ou empurrar o torcedor que apenas acompanha o ônibus do seu clube, prendam os baderneiros, mostrem para a imprensa para que possamos cobrar agilidade da Justiça. Volto a dizer: esse discurso de torcida única não tem embasamento. Converse com qualquer pessoa de outros estados e todos vão relatar que a violência não teve queda. Vou na linha do comentário do vereador Ivan Moraes, no X (ex-Twitter): “onde é que isso é inteligente?”. Decisão muito infeliz. Você está privando o torcedor de levar sua família aos jogos do seu time. Lute para que a violência chegue ao fim.
Mais uma exibição bisonha
Uma derrota fora dos planos do torcedor do Náutico, que pode sair do G4 do Grupo B (a rodada se completa hoje e amanhã) da Copa do Nordeste. A vitória do Ríver tira o Sport da ponta do Grupo A. Falando do jogo, como sofreu a coitada da bola. Poucos lances perigosos, com um Náutico sem criatividade e organização. O Ríver foi eficiente, marcando forte e sendo feliz em uma das finalizações que teve na partida, quando Felipe Pará concluiu o pênalti feito pelo volante Lorran. Futebol pobre, bisonho do time do técnico Allan Aal, que não sabe como corrigir os problemas durante a partida. Totalmente perdido. O Timbu, que nunca venceu o Ríver, segue sem ganhar em casa no Nordestão. A preocupação do torcedor é que no final de semana terá o primeiro jogo da final do Pernambucano. Se repetir esse futebol sem inspiração e repleto de erros, pode ser engolido pelo Retrô.
Reunião das organizadas
As uniformizadas dos três clubes, responsáveis pelas cenas de violências nos últimos anos, estiveram juntas, em reunião para costurar um “acordo de paz”. O encontro, sem contar com autoridades da segurança pública, Ministério Público ou dirigentes dos clubes, foi acompanhado pelo jornalista Inácio França, do blog Marco Zero. Ele narrou o debate entre os líderes das torcidas, mas fiquei preocupado em um ponto: como fazer para todos os integrantes das uniformizadas obedecerem ao pacto? Não houve consenso.
Responsabilidade
Quem convive no futebol sabe que as brigas, muitas vezes, surgem por rivalidades nos bairros. Os líderes das organizadas vão ter um teste de fogo no final de semana, sendo responsáveis diretos por qualquer situação que aconteça pelas ruas ou nas proximidades do Arruda (no sábado) e dos Aflitos (no domingo).
