Reconstrução
O primeiro amistoso do Santa Cruz, contra o CSA, no Rei Pelé, de olho na temporada 2025, vai muito além de um simples teste. Foi uma oportunidade valiosa para o técnico Itamar Schülle observar e moldar sua equipe. Os torcedores tricolores não devem se preocupar excessivamente com o resultado da partida. O grupo que está sendo formado sob a liderança de Schülle revelará sua verdadeira identidade na próxima partida contra o Treze, que será um importante desafio na pré-Copa do Nordeste. O desentrosamento exibido em campo é compreensível e, na verdade, é parte do processo inicial de implementação de um novo conceito de jogo. O Santa Cruz se prepara para adotar uma abordagem mais compacta, com forte ênfase na solidez defensiva, uma característica do treinador. Em determinados jogos, principalmente quando atuar no Arruda diante de uma torcida vibrante de mais de 40 mil pessoas, o Tricolor terá a oportunidade de se mostrar mais impositivo. Contudo, é importante ressaltar que, até chegarmos a esse ponto, Schülle terá realizado três outros amistosos e um bom número de treinos, remodelando a equipe.
É no espírito de serenidade e paciência que o torcedor deve encarar o ano de 2025. A realidade de um clube que passou por tantas adversidades não se reverte da noite para o dia. O Santa Cruz está em um momento de reconstrução para reerguer esse gigante adormecido do futebol brasileiro. Para que o Santa Cruz Futebol Clube retome seu posto como o verdadeiro Terror do Nordeste, será necessário um comprometimento contínuo e a colaboração de todos que amam o clube. A jornada pode ser desafiadora, mas a esperança e a determinação são as chaves para um futuro promissor.
Conversa de bastidores
Quer conhecer a realidade dos bastidores do Santa cruz, recomendo acompanhar os relatos pelo X (o ex-Twitter) do professor e amigo Guibson Dantas, que mora em Porto Alegre e esteve no Arruda, testemunhando as enormes dificuldades enfrentadas no clube. Dantas falou sobre as lutas diárias dos diretores para trazer novos reforços, diante de um cenário econômico desafiador. Lembrou que viu um jogador sendo disputado e que acabou indo para o River/PI. No entanto, Guibson saiu do Arruda com uma sensação de otimismo, destacando um "ambiente leve, sinérgico e cheio de confiança" no clube.
Reforma da Ilha
Grande parte da torcida rubro-negra gostaria de ter uma Ilha do Retiro com capacidade acima de 40 mil espectadores, mas existem limitações. Além do Plano Diretor da Prefeitura do Recife liberar o estádio apenas para 35 mil torcedores, existem problemas de engenharia para tal mudança. Seria importante ficar maior: atenderia à demanda crescente por ingressos e uma melhor experiência ao seu torcedor, se consolidando também no cenário esportivo nacional e, inclusive, internacional.
Redenção Alvinegra
Depois dos títulos da Libertadores e do Brasileirão, será que o Botafogo chega na final da Copa Intercontinental e encara o Real Madrid de igual para igual? Acho difícil, mas tem coisas que só acontecem com o time carioca. Quem sabe...