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Caminho parecido, cenário diferente: as últimas finais de Campeonato Pernambucano do Sport

Após conquistar título em última decisão com estádio cheio, Leão participará de primeira final sem torcedores por causa da pandemia

postado em 13/05/2021 12:00 / atualizado em 13/05/2021 12:38

<i>(Foto: Peu Ricardo/DP Foto)</i>
O cenário leonino da volta à final do Pernambucano em 2021 foi bastante semelhante ao que se apresentou em 2019, ano em que os leoninos disputaram sua última decisão. Após bater o Salgueiro na semifinal, o Leão volta a encontrar o Náutico para decidir o título e manter o tabu de não ser superado em finais pelo adversário histórico há 53 anos. Porém as coincidências são muito suplantadas pelas diferenças, especialmente fora de campo. 

Se em 2019, o Leão vinha de uma traumática queda da Série A para a B, que afundou o Sport em uma crise econômica devido às quedas de receita e as volumosas dívidas acumuladas nos anos anteriores. Já em 2021, o cenário é de começo de recuperação. Após dois anos de austeridade e uma luta incessante contra a queda - que era considerada certa por muitos torcedores -, o Rubro-negro chegou neste ano com a manutenção de divisão e ampliação de recursos que possibilitaram maiores investimentos na formação do time. 

Quanto ao elenco, entre o time titular de 2019 e o de 2021, apenas Mailson, Adryelson e Sander permaneceram. Este primeiro novamente começou na reserva, mas acabou ganhando a vaga e se consolidando ao longo da competição. Se dois anos atrás, o atual camisa 1 era reserva do ídolo Magrão, nesta temporada o goleiro começou como terceira opção. Com a lesão de Carlos Eduardo, que fraturou a face ante o Central, e a má fase de Luan Polli, a oportunidade de se apresentou novamente ao prata da casa, que conseguiu agarrá-la e vem há seis partidas sem ser vazado no Estadual. 

Além do dono da vaga no gol leonino, outra mudança importante aconteceu na gestão do grupo rubro-negro nos moldes do que ocorreu em 2019. Se há dois anos, o Sport começou o Pernambucano com Milton Cruz e viu Guto Ferreira terminar a competição conquistando o título após o primeiro ser demitido devido a um começo turbulento no Estadual e uma eliminação vexatória na Copa do Brasil ante a Tombense. Em 2021, Jair Ventura, comandante da permanência na Série A, foi demitido e teve Umberto Louzer como substituto escolhido para a sequência da temporada. Vale destacar que ambos os treinadores da continuidade da temporada chegaram invictos à final. 

Mais uma decisão fora dos braços da torcida
A maior diferença entre as decisões de 2019 e 2021 é, sem dúvida, a presença/ausência dos torcedores no estádio. Dois anos atrás, os Aflitos e a Ilha do Retiro receberam somados pouco mais de 41 mil torcedores nos jogos da final, nesta temporada, novamente, devido à pandemia da Covid-19, o campeão pernambucano não torcedores in loco para celebrar a conquista, seja ela alvirrubra ou rubro-negra.