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CAMPEONATO PERNAMBUCANO

Experiência x juventude: Umberto Louzer e Hélio dos Anjos chegam à final buscando quarto título seguido

Treinador do Sport está no quarto ano de carreira, enquanto o do Náutico é o terceiro maior campeão estadual em atividade

postado em 20/05/2021 07:00 / atualizado em 20/05/2021 15:08

<i>(Foto: Jorge Luiz/Paysandu; Márcio Cunha/ACF)</i>
Neste domingo, o Estádio dos Aflitos vai ser palco de um jogo que faz parte dos objetivos de todos os envolvidos. Para o Náutico, vale a 23ª taça do Pernambucano, para o Sport, o 43º. Para cada um dos 22 jogadores que forem titulares, além dos 10 que podem entrar durante o jogo, vale uma conquista que marca seu nome na história de um clube centenário e de um dos maiores clássicos do Brasil. Mas, para os dois treinadores, Hélio dos Anjos e Umberto Louzer, a final do Pernambucano também tem um grande valor em jogo.

Os dois comandantes vivem estágios diferentes da carreira. Louzer, de apenas 41 anos, vive seu quarto ano de carreira, com apenas cinco clubes no currículo. Hélio, por outro lado, começou a treinar há 35 anos, com passagens em 30 clubes e uma seleção. Uma coisa, porém, liga os dois: os títulos, com o alvirrubro sendo o terceiro maior campeão estadual em atividade e o leonino buscando o quarto título em quatro anos de carreira.

HÉLIO

Tricampeão pernambucano, mas ainda sem taças pelo Náutico, o técnico do Náutico só tem menos estaduais que dois outros experientes nomes do futebol brasileiro: Givanildo Oliveira (18) e Vanderlei Luxemburgo (14). No total, Hélio dos Anjos soma 11 títulos nos torneios locais, com direito a levantar a taça nos três últimos que disputou.

Além de levantar a primeira taça pelo Timbu, a vitória também significa manter a sequência para Hélio, que, nos últimos anos, foi campeão goiano em 2015 e 2018, e Paraense, em 2020, respectivamente por Goiás e Paysandu. Sua última derrota, coincidentemente, também foi motivo de festa para o Náutico. Com o vice-campeonato do Pernambucano de 2011, pelo Sport, Hélio não conseguiu garantir o hexacampeonato rubro-negro.

Antes, Hélio também acumulou títulos estaduais, com o Baiano de 1992, pelo Vitória; o Paraense de 1995, pelo Remo; os Goianos de 1999, 2000 e 2009, pelo Goiás; e os Pernambucanos de 1996, 1997 e 2003, pelo Sport. Além disso, o técnico ainda tem mais experiência comemorando títulos, com as conquistas da Série B de 1999 e da Copa Centro-Oeste de 2000, pelo Goiás, e um tricampeonato Gaúcho do Interior, pelo Juventude.

Mas, mesmo sem nunca ter levantado uma taça pelo Náutico nas passagens anteriores (1993 e 2006-2007), isso não significa que Hélio não tenha dado motivos para os alvirrubros comemorarem. Em 2006, o treinador era o comandante do time que conseguiu o acesso à Série A, em uma campanha até hoje lembrada pela torcida do Náutico. Passado o domingo, quando buscará repetir o que já fez 11 vezes, o objetivo de Hélio se tornará justamente repetir o que fez em 2006, levando o Náutico de volta à Primeira Divisão.
<i>(Foto: Divulgação)</i>
UMBERTO

Mais jovem e com pouco tempo de carreira, Umberto Louzer já é um treinador vitorioso. Com apenas quatro anos de carreira, mas sendo considerado um dos treinadores mais promissores da nova geração brasileira, o treinador leonino busca seu segundo estadual consecutivo - o terceiro em quatro anos. 

A primeira taça levantada pelo ex-meio-campista já foi conquistada logo no primeiro trabalho. Escolhido para reconduzir o Guarani à elite do futebol paulista em 2018, o jovem técnico, à época com 38 anos, fez muito mais que o esperado. Além de conquistar a vaga na principal divisão do Paulistão, colocou mais um troféu na estante do Bugre. 

Louzer só voltou ao ponto mais alto dos pódios no ano passado, mas dessa vez brilhou como nunca antes na carreira. Assumiu a Chapecoense ainda no Estadual com uma campanha oscilante e levou o Verdão do Oeste ao título. Depois da paralisação do futebol por conta da pandemia, conduziu a Chape a uma excelente campanha na Série B, conquistando o acesso e o título em briga ponto a ponto contra o América-MG, que foi semifinalista da Copa do Brasil, treinado por Lisca. 

Nesta temporada, Louzer começou o campeonato catarinense com quatro vitórias nos seis primeiros jogos, mas após receber a proposta do Sport deu adeus ao time alviverde. Sua passagem no Sport é breve, mas até agora bastante segura. Em quatro jogos foram três vitórias e um empate, diante do Náutico, no primeiro jogo da final, onde sua equipe sofreu o primeiro gol sob seu comando na temporada. 
 
Títulos de Hélio dos Anjos

Baiano: 1992 (Vitória)
Paraense: 1995 (Remo) e 2020 (Paysandu)
Goiano: 1999, 2000, 2009, 2015 e 2018 (Goiás)
Pernambucano: 1996, 1997 e 2003 (Sport)
Série B: 1999 (Goiás)
Copa Centro-Oeste: 2000 (Goiás)
Gaúcho do Interior: 1991, 2001 e 2006 (Juventude) 
 
Títulos de Umberto Louzer

Paulista A2: 2018 (Guarani)
Catarinense: 2020 (Chapecoense)
Série B: 2020 (Chapecoense)

Maiores campeões estaduais em atividade no Brasil

1º - Givanildo Oliveira: 18 títulos (2 Alagoanos, 5 Pernambucanos, 7 Paraenses, 2 Cearenses, 1 Baiano e 1 Mineiro)
2º - Vanderlei Luxemburgo: 14 títulos (1 Capixaba, 9 Paulistas, 2 Mineiros, 1 Carioca e 1 Pernambucano)
3º - Hélio dos Anjos: 11 títulos (1 Baiano, 2 Paraenses, 5 Goianos e 3 Pernambucanos)
4º - Abel Braga: 9 títulos (1 Pernambucano, 2 Paranaenses, 4 Cariocas e 2 Gaúchos)
5º - Flávio Araújo: 8 títulos (1 Cearense, 5 Piauienses, 2 Maranhenses)

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