A pedido de Bivar, STJD intervém e pede adiamento das eleições do Sport; situação recorre à Lei Pelé e não vê competência do órgão
Documento foi expedido pelo STJD, a pedido de Luciano Bivar, candidato de oposição; situação aponta Lei Pelé, que vê soberania do estatuto do clube na questão
Ilha do Retiro segue com reunião contendo as duas chapas (Foto: Paulo Paiva/DP Foto)
Um dia como poucas vezes se viu na Ilha do Retiro. As 24 horas que precedem o dia 16 de dezembro, marcado para ocorrer as eleições do Sport para o biênio 2023/2024, já entraram para a história da política do clube entre as mais agitadas nos 117 anos de existência do clube leonino. De decisões judiciais a confusão e bate-boca fervoroso na sede do clube, agora foi a vez do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) entrar no jogo e pedir a suspensão das eleições do clube. Ao passo que a situação contesta, recorrendo ao que reza a Lei Pelé.
A sessão do Conselho Deliberativo, que iniciou sob forte debate e discussão de conselheiros e sócios, nesta quinta-feira por volta das 21h, foi suspensa após a chegada de um documento advindo do STJD.
O presidente do Conselho, Pedro Leonardo Lacerda, recebeu o documento e convocou os representantes jurídicos das duas chapas, "Lealdade ao Sport" e "Sport do Futuro", para deliberar sobre o teor da decisão.
No papel, um pedido do ex-presidente Luciano Bivar pela suspensão, atendido pelo presidente do STJD, Otávio Noronha. Confira abaixo o teor do documento expedido pelo STJD, obtido pela reportagem do Esportes DP.
Reportagem do Esportes DP teve acesso ao pedido de suspensão das eleições pelo STJD (Foto: Reprodução)
Reportagem do Esportes DP teve acesso ao pedido de suspensão das eleições pelo STJD (Foto: Reprodução)
No entanto, por sua vez, a chapa "Sport do Futuro", de Yuri Romão, se defende com base no Artigo 50 da Lei Pelé. "'Ao STJD só cabe processar e julgar processos referentes às infrações disciplinares e competições desportivas definidas no CBJD e regulamentos das entidades de administração do desporto'. Nosso estatuto é soberano. Vai ter eleição!", argumenta a chapa de situação.
