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ELEIÇÕES DO SPORT

Sabatina: Confira quais as ideias de Luciano Bivar para o Sport no biênio 2023/2024

Reportagem ouviu os candidatos sobre desafios da gestão, receitas e débitos, SAF, Ilha, base, esportes olímpicos, futuro, e claro, o futebol

postado em 16/12/2022 09:04 / atualizado em 16/12/2022 09:04

<i>(Foto: Instagram/Luciano Bivar)</i>
Uma das eleições mais disputadas e acirradas na história do futebol pernambucano. Nesta sexta-feira, os sócios do Sport vão às urnas para escolher o grupo que vai gerir o clube no próximo biênio 2023/2024. A reportagem do Esportes DP preparou uma sabatina para ouvir as ideias dos dois ‘Leões’. Em nove temas centrais, repetidos para ambos os candidatos, o sócio do clube poderá conferir o planejamento de cada um sobre como enxergam os desafios da gestão, receitas e débitos, SAF, Ilha do Retiro, base, esportes olímpicos, futuro do clube, e claro, o futebol.

Em oposição, o ex-presidente Luciano Bivar tenta o seu quarto mandato à frente do clube. Pregando resgate dos valores do clube e preservação da sua história para a eternidade, Bivar traz uma pauta focada em cima de um princípio que considera fundamental para este pleito: evitar uma suposta ‘venda’ do Sport para o modelo SAF, que tem sido uma das pautas principais da situação.

Lealdade ao Sport (oposição): Nº 10

Presidente Executivo: Luciano Bivar
Vice: Augusto Caldas
Conselho Deliberativo: Ricardo Pereira (Kadico)
Vice: Rafael Arruda

Na sua visão, qual será o maior desafio da sua gestão, caso eleito?

A outra chapa está inelegível, porque não atendeu os requisitos básicos de número de conselheiros, e tem documentos fraudados da gestão anterior. Além disso, certidões negativas foram dispensadas. A chapa está inapta e estou até em dúvida se vai haver um bate-chapa. O clube todo está unido e fechado entre esse grupo, que está querendo vender, e o que quer garantir a continuidade do clube. Esse é o ponto mais importante para nós.

Como você projeta a captação de receitas para 2023?

Não estou por dentro das finanças do clube hoje, mas houve uma reunião na Comissão de Esportes, na Câmara, do nosso projeto de lei, que visa restabelecer aos clubes a propriedade dos dos passes dos jogadores. Isso fará o novo ativo crescer. Vamos trazer jogadores da região, e com esses novos atletas o Sport vai captar mais recursos. Isso vai dar maior celeridade. O projeto vai à comissão de justiça, e depois para o Plenário.

Como você espera lidar com as dívidas trabalhistas e fiscais do clube?

Quando saí do clube, a gente tinha zerado os débitos trabalhistas. O Sport devia apenas uma besteira ou outra. Quando Arnaldo Barros era meu vice de futebol, deixamos o mínimo de dívidas trabalhistas e é possível fazer isso novamente. Se é que tem dívidas.

Sem o modelo SAF, você considera possível o Sport alcançar um patamar de destaque?

A SAF surgiu porque pessoas jurídicas e físicas, de intermediários, estavam negociando jogadores. A FIFA proibiu, e então o Brasil criou o instrumento SAF para que esses empresários comprassem clubes e negociassem os jogadores. Eles não estão interessados no Sport. Eles querem intermediar jogadores. No momento que é SAF, tem que entregar os 11 hectares da Ilha para o comprador, e ele vai ter o direito de mudar a marca do clube. Por que precisa vender a Ilha, vender o clube?

Você é a favor da reforma Retrofit na Ilha?

Há 20 anos eu tentei fazer uma reforma retrofit, sem vender o clube. Nada impede de fazer sem vender. Eles querem fazer para ficar com o terreno. Não seria mais do Sport, e sim do comprador. Nos 11 hectares não faltam empresários no Recife de olho. Se o Sport quiser fazer isso independente da SAF, ele vende. A lei obriga desde já, no momento em que fizer a SAF, a Ilha e o CT passam para o novo controlador. E o Sport original fica apenas com as dívidas. Esse contrato está no bojo da Ilha, o comprador vende o terreno e faz a reforma que quiser porque ele é o dono da Ilha. Esse modelo retrofit é atrelado à SAF. Você acha que qualquer empresário vai querer reformar a Ilha sem comprar o clube?

Quais as metas você projeta para o futebol do clube em 2023?

A primeira meta e mais importante é não deixar venderem a Ilha e o clube. Essa é imprescindível. Em seguida, é ser campeão brasileiro, ir para a Primeira Divisão e, no ano seguinte, disputar as cabeças. Acredito que a essa altura a Lei Pelé já esteja reformada, com o retorno da propriedade dos direitos federativos para os clubes.

Quais as metas para a Base do clube em 2023?

A gente está vivendo um tsunami, que é proibir a venda da Ilha e do clube. Os demais problemas são insignificantes perto do desafio de impedir a venda do clube.

Quais as metas também para as demais modalidades desportivas do clube?

No momento em que faz SAF, o clube perde tudo isso. 

Como você projeta que o Sport estará após o fim do próximo biênio?

Eu projeto a continuidade normal da vida do Sport. São jovens que vão nos suceder, assim como Jarbas Guimarães sucedeu uma geração, depois veio uma geração nossa, e essa nova geração está nos substituindo, a mim, a Arsênio Meira, Wanderson Lacerda… Certamente serão esses jovens, todos com raízes no Sport, que cuidarão e preservarão a vocação do clube para a eternidade. Nós fomos campeões brasileiros no passado, da Copa do Brasil, disputamos um torneio entre os quatro campeões do Brasil, em Alagoas. Estávamos entre os oito maiores clubes do Brasil em renda e torcedores. Somos uma potência, temos uma potência para isso. Não tem porque vender o clube para forasteiros.

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