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Vitória arrasadora: Yuri Romão é eleito presidente do Sport para 2023/2024

Num dia tranquilo na Ilha do Retiro, e sem a presença da oposição, o atual presidente recebeu 1.463 votos, contra 53 para o ex-presidente Luciano Bivar, numa diferença gritante de 95,87% a 3,47%

postado em 16/12/2022 18:51 / atualizado em 16/12/2022 23:09

<i>(Foto: Paulo Paiva/ Sport do Futuro)</i>
Após a acirrada campanha que envolveu o pleito, por fim, o leão que rugiu mais forte nas urnas foi o atual presidente, Yuri Romão. Nesta sexta-feira, em um dia tranquilo, apesar das animosidades da última quinta-feira, os sócios do Sport deram a Romão uma arrasadora vitória sobre o ex-presidente Luciano Bivar. Por 1.463 votos a 53, o triunfo de Yuri Romão representou uma diferença percentual de 95,87% a 3,47% no total de votos.

 

Depois de apontar o pleito desta sexta como o mais importante dos últimos 50 anos na história do Sport, Yuri afirmou que a sua nova gestão terá como base em quatro pilares fundamentais: reforma da Ilha, reforma do estatuto do clube, profissionalização e debate sobre a SAF.

 

“A responsabilidade no próximo biênio é mudar de vez essa situação do clube. O clube precisa voltar aquele gigante que já foi. Tenho certeza que essa gestão irá fazer isso e lutar para colocar todos os pilares que colamos na campanha”, disse o gestor, antes de pontuar sobre a expressiva diferença nos votos.

 

”Foi uma votação bem larga, numa diferença estupenda. Isso é motivo de muito orgulho, mas nos traz uma responsabilidade ainda maior. Credito, primeiro, à ausência da própria chapa de oposição, que de forma antidemocrática não esteve aqui, para votar. Segundo, ao trabalho que foi feito nesse último ano e meio, um trabalho sério, transparente, com muita muita austeridade”, completou, descartando a possibilidade de Luciano Bivar voltar à Justiça.

 

“A eleição transcorreu normalmente, com toda lisura, sem artimanha e nada que pudesse macular a eleição. Então, não acredito que a oposição ainda vá querer brigar na Justiça. Porque aí, sim, a gente já pode pensar numa questão de golpe”, completou Yuri Romão.

 

O dia na Ilha 

 

Depois de uma longa e acirrada campanha, com declarações, acusações em trocas de farpas - sobretudo pelas conturbadas 24h anteriores -, seria natural aguardar que o processo eleitoral do Sport fosse envolvido num contexto de animosidade entre as duas chapas. Porém, o que se viu na Ilha do Retiro nesta sexta foi algo bem diferente do que se viu nos últimos dias.

 

Isso porque o grupo de oposição, da chapa “Lealdade ao Sport”, praticamente abdicou do pleito, ao sequer comparecer na sede do clube para votar com os seus candidatos postulantes aos cargos de gestão, entre eles o ex-presidente Luciano Bivar. Aliás, ainda durante o período da manhã, os perfis oficiais da chapa emitiram um pedido para que os sócios dos clubes não fossem à Ilha para participar das eleições.

 

O argumento dos opositores, ainda se baseava na ideia da decisão liminar expedida pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Otávio Noronha. A pedido de Bivar, o órgão orientava pela suspensão das eleições. Entretanto, no início da tarde, o próprio STJD, na figura do seu mandatário, revogou a decisão, e derrubou por fim, as investidas da chapa de oposição. O grupo sequer enviou seus fiscais para conferir a apuração dos votos.

 

Ausência que a Comissão Eleitoral não enxergou como maculadora para a sequência do rito das eleições. “ Não há impedimento algum. A nossa obrigação é convocar. Se não aparecem, a gente continua o processo. Os fiscais da oposição foram chamados três vezes, mas não compareceram”, assegurou o presidente da comissão, Alexandre Bartilotti.

 

Pouco depois das 18h, período limite para a votação, iniciou-se, então, o processo de contagem nas 18 urnas. Numa apuração segura, voto a voto, as notas foram contadas. E já ao final das quatro primeiras urnas, a diferença de 331 a 16 já dava a ideia do que viria a ser a diferença arrasadora das eleições.

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