Saiba mais
Vale lembrar que o Leão já vem cumprindo pena preventiva e já não vem podendo receber torcedores em competições organizadas pela CBF desde 23 de fevereiro, tanto atuando como mandante, quanto como visitante.
Como ainda não jogou em casa neste período, o Sport só sofreu a sanção nos duelos longe do Recife, contra o Trem-AP (Copa do Brasil) e Altos-PI (Copa do Nordeste). Estas partidas, por sinal, já seriam abatidas na contagem de uma possível punição.
De acordo Rodrigo Guedes, diretor jurídico do clube, já há uma linha de defesa bem estabelecida para tentar reverter a condenação. A defesa do Leão pretende usar como argumento o fato da distância do estádio para o local em que ocorreu o ataque, além do fato do clube não ter a competência para fazer a segurança do veículo e sim a Polícia Militar.
"Estamos confiantes, pois acreditamos nas instituições. A gente sabe que a segurança pública é um dever do Estado e não pode ser repassada para uma entidade esportiva. O Sport é responsável pela praça desportiva e neste local as medidas foram tomadas. A oito quilômetros do estádio, era a PM quem deveria ter garantido a segurança", comentou Rodrigo Guedes.
Ele também convocou reuniões de emergência com o Governo de Pernambuco e também rompeu ligações com a torcida organizada envolvida nos ataques, proibindo o uso de faixas, bandeiras e roupas do referido grupo na Arena de Pernambuco.
"A gente não pode ser punido por um fato feito por criminosos, porque um ato daquele não pode ser atribuído a um torcedor. Houve uma falha total da segurança pública e da inteligência. Eles que deveriam ter previsto tudo e ter garantido a segurança da delegação do Fortaleza", complementou Guedes.
20 DIAS E NINGUÉM FOI PRESO:
Já se passaram 20 dias desde que os jogadores do Fortaleza passaram por um dos atentados mais violentos do futebol brasileiro nos últimos anos. Seis jogadores tricolores acabaram atingidos por pedras e bombas caseiras jogadas por membros da maior torcida organizada do Sport. O pior caso foi o lateral-esquerdo uruguaio, Escobar, que sofreu um trauma cranioencefálico.
Apesar da repercussão nacional, ninguém ainda foi preso. Dois homens chegou a se entregar para a Polícia Civíl, mas por falta de provas, foi surpreendentemente liberado. A Polícia Militar, por outro lado, também segue sem prestar atualizações sobre as investigações do ocorrido e afirmou que segue trabalhando.
Em paralelo ao marasmo, Federação Cearense de Futebol já analisa a possibilidade de proibir a presença da torcida do Sport em partidas no território cearense. A equipe tem compromisso marcado com o Ceará pela Série B, no segundo semestre, mas também tem grandes chances de enfrentar uma equipe cearense caso se classifique para o mata-mata da Copa do Nordeste.
