
Entre os assuntos abordados pelo chefe do executivo rubro-negro, um balanço sobre a sua gestão, a recuperação da credibilidade do Leão, SAF e, claro, futebol. Confira abaixo os principais pontos da conversa.
ANÁLISE DA GESTÃO
A gente chega com muita felicidade a este momento. As entregas que prometemos ao longo da campanha, todas aconteceram. Ainda não sacramentou, mas a principal delas é a desportiva, com a nossa volta para a Série A. Estamos numa situação que só depende da gente nestes últimos quatro jogos. O clube hoje está preparado para este novo momento que foi inaugurado no futebol do Brasil, com esta onda de profissionalização e mais recursos entrando no caixa. Hoje o Sport está preparado pra isso. Em dois anos de gestão, a gente traçou um objetivo muito claro de reestruturação do clube. A torcida pode não ter entendido o fato de as vezes a gente não ousar no campo, mas o cobertor é curto. Optamos por olhar para o futuro do clube, reestruturar de maneira sustentável, para que deixe a gente fique mais confortável financeiramente e administrativamente.
CREDIBILIDADE NO MERCADO

MODELO DA SAF
Hoje a SAF do Sport não é mais por necessidade, mas por estratégia, pra fazer frente a investimentos que precisam ser feitos. Nos moldes que vemos hoje no futebol brasileiros, as SAFs chegam e "tomam de assalto" o futebol do clube. No modelo estratégico que estamos pensando pro Sport, não. Nós temos um CT com uma baita estrutura, um clube organizado, uma torcida gigante. Então, tem que ser uma aliança estratégica entre o investidor e o clube, em prol de um objetivo. Todos saem ganhando.
2025: O ANO DA SAF
Vai ser um ano crucial porque podemos começar a negociar isso (a SAF). Negociar as cotas com um investidor, um acordo de acionistas entre as partes, isso é difícil. Hoje nós temos uma vantagem em relação a maioria dos clubes da região, que são as contas em dia. Quando o investidor chega para fundir a sua empresa com o clube, eles pedem uma série de documentos e certidões. Tudo isso nós já temos. Não foi fácil. Pra chegarmos a este nível de organização, foram dois anos de muito trabalho e dedicação. Agora nós vamos gastar mais tempo para avaliar qual o melhor modelo, o valor do investimento e os objetivos a serem traçados.
ILHA MAIS SUSTENTÁVEL
LISCA
"Ele precisa procurar um profissional. Não é um negócio normal. Não me dirigi a ele, não falei. Ele não merece nenhuma reflexão nossa sobre o assunto".
SAÍDA DE MARIANO SOSO
Primeiramente, preciso deixar claro que foi uma decisão colegiada, não partiu do presidente ou de um diretor. O motivo foi a falta de convicção no trabalho. Ele é um profissional correto, trabalhador. Não temos nada o que falar da pessoa do Soso. Existia uma deficiência defensiva. Nós chegávamos com seis homens no ataque, mas não tinha quem defendesse, então tomamos muitos gols. Tinha um espaçamento muito grande no meio de campo. Nós conversamos, afinal, ele era muito aberto a isso, mas não houve uma melhora. Percebemos que não há uma filosofia de se treinar defensivamente entre os técnicos argentinos e até uruguaios. Pouco treinamento de bola parada também, defensiva e ofensiva. Avaliamos e percebemos que não valia a pena insistir.