
De forma geral, a modalidade atrai atletas com amputações, lesão na coluna, paralisia cerebral, doenças disfuncionais e progressivas, ou com múltiplas deficiências. Os arqueiros são divididos em duas classes: a W1 (arco composto) é reservada àqueles com deficiências graves (três ou quatro membros), que necessitam da cadeira de rodas, e a classe Open (arco recurvo ou composto) agrega atletas com deficiência em um membro (superior ou inferior), ou dois membros (ambos inferiores ou do mesmo lado do corpo).
As regras são as mesmas do tiro com arco olímpico. O objetivo é acertar as flechas no alvo - ou o mais próximo possível - localizado a 70 metros de distância do arqueiro. O lance certeiro no alvo vale a pontuação máxima (10 pontos). O círculo de 1,22 m de diâmetro tem 10 círculos concêntricos, sendo que o mais externo soma apenas um ponto.
Brasileiros
Dos seis representantes do país, quatro estrearam no tiro com arco adaptado na Rio 2016 e voltarão a competir na Tóquio 2020. Há seis se dedicando à modalidade na classe Open, a goiana Jane Karla, de 46 anos, chega com chances de subir ao pódio no Japão. No ano passado, a atleta que compete com o arco composto, bateu o recorde mundial indoor (ambiente fechado) em Nines (França). Antes de estrear na modalidade na última edição do Jogos, Jane Karla era mesatenista e já havia disputado as Paralimpídas de Pequim (2008) e Londres (2012). E
Fábíola Dergovics - tiro com arco - arco recurvo - Paralimpíada Rio 2016 - Categoria ARST – Individual arco recurvo - Fabiola Dergovics x Wasana Khuthawisap.
Fábíola Dergovics, da classe Open, conquistou este ano a medalha de prata (arco recurvo), no Parapan de Monterrey (México) - Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB
Entre os estreantes da classe Open estão o paranaense Andrey Muniz de Castro, de 28 anos, Fabíola Dergovics, de 54 anos, e Heriberto Alves Roca, de 41 anos, nascido em São Caetano do Sul (SP) . Os três arqueiros brilharam este ano no Parapan-Americano, em Monterrey (México), nas mesmas provas que disputarão no Japão: Fábíola faturou medalha de ouro no arco recurvo, Andrey a prata no arco composto, e Heriberto levou a prata no arco recurvo por equipes mistas (mascuino).
Em sua primeira participação paralímpica, o goiano Helcio Luiz Perilo, de 52 anos, vai competir pela classe W1. Este ano ele garantiu a prata no Parapan do México. Na mesma classe, no feminino, o Brasil contará com a goiana Rejane Cãndida da Silva, de 45 anos, A arqueira, que estreou na Rio 2016, também fez bonito no Parapan do México deste ano ao conquistar a prata.