Guilherme Pereira da Costa, o Cachorrão, não conseguiu bater os rivais na disputa dos 400m livres nas Olimpíadas de Paris 2024. Ao se classificar no começo deste sábado (27/7), o nadador chegou a falar sobre a expectativa de vencer uma medalha olímpica, mas o sonho foi adiado. Ele ficou em quinto lugar na competição.
O nadador ficou atrás do alemão Lukas Maertens, que venceu a prova, do australiano Elijah Winnington, prata, do coreano Woomin Kim, bonze, e o também australiano Samuel Short.
Inconsolável, o atleta chorou ainda na piscina. Em entrevista à TV Globo, Guilherme lamentou não ter conseguido a medalha. "Não consegui fechar (a prova) como normalmente fecho", avaliou.
Cachorrão chegou otimista para a decisão na lotada Arena Paris La Défense: foi o líder da quarta bateria pela manhã e segundo nadador mais rápido dos 400m livres, com 3min44s23, atrás somente de do alemão Lukas Maertens, absoluto na quinta classificatória (3min44s13).
“Um bom desempenho, para mim, é a medalha. Um ótimo desempenho é ouro. Não estou pensando muito em tempo. Nadei rápido este ano, mas não importa o que está no papel. O que fica é o que acontece na água. Final nada tem a ver com tempo. É 100% cabeça, todo mundo sentindo uma pressão diferente. Não estou ligando muito para tempo, quero a medalha”, disse ele antes da final.
Recorde sul-americano, deixou tudo na piscina. Ainda vai competir em outras provas em #Paris2024...
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Expoente da nova safra da natação brasileira, Cachorrão vem de um ciclo intenso de conquistas. Acumulou a medalha olímpica com o recorde sul-americano dos 400m, 800m e 1.500m livres. No Mundial de Esportes de 2022, em Budapeste, na Hungria, abocanhou o bronze. No Pan de Santiago, contribui em quatro dos 25 pódios, todos dourados.
Mais Brasil
Maria Fernanda Costa, ou simplesmente Mafê, teve a oportunidade de brindar o Brasil com a primeira medalha nos Jogos Olímpicos da França após o compatriota Guilherme Costa, o Cachorrão, ter ficado em quinto lugar na decisão dos 400m livres masculinos. No entanto, a carioca não teve sucesso na versão feminina da prova.
Apesar de não ter subido ao pódio, Mafê fez história na primeira Olimpíada da carreira. Com a classificação à final dos 400m livres, devolveu o Brasil a uma disputa por medalha na prova após 76 anos. A última vez havia sido com Piedade Coutinho nos Jogos de Londres-1948, sexta colocada daquela disputa.
Mafê Costa foi a sétima colocada na prova, com a marca de 4min03s53, à frente somente da australiana 4min04s96 Jamie Perkins. A vencedora foi Ariarne Titmus, da Austrália (3min57s49). A prata ficou com canadense Summer McIntosh (3min58s37), e o bronze com estadunidense Katie Ledecky 4min00s86.