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Mesmo sendo consideradas extintas pela justiça, as organizadas ainda encontram meios de ser manterem ativas. “Eles utilizavam os CPF de membros das torcidas organizadas, e também CNPJ’s de empresas laranjas, tudo para comercializar produtos não autorizados, produtos falsificados, de comercialização irregular. Fora isso também a não emissão da nota fiscal dessas vendas”, explicou a delegada Gabrielle Nishida, que está a frente das investigações.
O delegado Raul Junges também explicou que a operação foi deflagrada para evitar confronto entre as torcidas dentro e fora do estado. “O combate existe já para evite esse financiamento aos confrontos. A gente conseguiu aprender alguns artefatos que são utilizados exatamente pra construção de artefato explosivo. Inclusive, vitimou ano passado um jovem no jogo entre CSA e Náutico. Ele acabou perdendo a visão e parte do nariz. Teve um caso também esse ano que a torcida Jovem do Sport se deslocou pra Copa do Nordeste e teve um confronto no Ceará. Então parte da arrecadação dela é exatamente esse tipo de viagem, para sustentar essas pessoas que estão ali também no meio da torcida organizada pra construir artefatos que são utilizados um contra o outro”, pontuou.
A investigação foi iniciada em janeiro de 2023. Na execução, estão sendo empregados cinquenta Policiais Civis, entre Delegados, Agentes e Escrivães, além de 10 (dez) Auditores Fiscais da Secretaria da Fazenda de Pernambuco. As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco – DINTEL, contando ainda com o apoio operacional da Diretoria de Operações Estratégicas da Secretaria da Fazenda – DOE/SEFAZ.