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Recifense 'rumo ao topo' do CS:GO no Brasil, naitte comenta futuro da Uno Mille: 'Temos tudo para buscar'

Player pernambucano destaque na final do CBCS dá dicas sobre carreira e confirma interesse de orgs na line campeã que encantou o CS Brasileiro

postado em 13/05/2022 13:59 / atualizado em 13/05/2022 16:05

<i>(Foto: Cortesia)</i>
Alcançar o status de jogador profissional é uma tarefa bastante dura, seja em qualquer esporte. E no Counter-Strike, o famoso CS que é um dos principais games no ramo dos E-Sports, não é diferente. Para alcançar esse objetivo, é fundamental acreditar no sonho e se dedicar com muita força de vontade. E o pernambucano João ‘naitte’ Maia, de 24 anos tem se destacado na comunidade brasileira, com títulos e muita ‘bala’ para trocar.

Campeão do Circuito Brasileiro (CBCS) e quase alcançando uma vaga internacional na ESL Pro League no começo deste mês, ‘naitte’ fez história com o time da ‘Uno Mille’ como a primeira - e muito provavelmente a única - equipe a vencer a competição sem ter o suporte de uma organização por trás.

O recifense, inclusive, teve o melhor desempenho individual na partida final da CBCS, terminando como o jogador que teve mais kills (49), maior média de dano por round (ADR de 96.9), líder também nas firsts kills (13), principal característica para um jogador da função ‘entry’, fundamental para abrir vantagem nos rounds.

Dando sequência à inédita cobertura de E-Sports no Diario de Pernambuco, e aproveitando o clima de disputa do PGL Major Antwerp, principal competição mundial do CS, a reportagem do Esportes DP bateu um papo com naitte. O promissor player pernambucano, ex-jogador pelo interrompido time do Sport Club do Recife, deu dicas sobre a carreira profissional, comentou o futuro da Uno Mille, e não titubeou ao apontar o potencial que enxerga na line que encantou o cenário nacional: “A gente tem tudo para buscar o topo do Brasil”.
<i>(Foto: Reprodução/HLTV)</i>

Esportes DP: Pra quem ainda não conhece o universo do CS, se apresente dizendo seu nome, sua idade e sua trajetória no CS até aqui.

NAITTE: Meu nome é João Maia, mais conhecido como ‘naitte’ e tenho 24 anos. Comecei a jogar CS por diversão, por volta de 2009 nas lan houses da vida, que acredito que foi onde todo mundo começou a jogar. A partir de 2016 conheci o cenário do CS:GO competitivo. Continuei a jogar por hobbie, mas com o objetivo de evoluir e me tornar profissional. Por volta de 2019 consegui deixar isso claro na minha mente como o que eu queria fazer. Passei a me dedicar ao máximo para conseguir atingir o topo e a partir disso, passei por algumas equipes. Joguei pelo Sport, pelo Ceará, passei pela Elevate e atualmente estou na Uno Mille, que é um projeto que estamos montando procurando uma organização.

DP: Como você começou a jogar CS? Já foi direto no GO ou o primeiro contato foi em uma versão anterior?

N: Mal tinha internet na época, poucas pessoas tinham em casa. Nas lan houses, jogava com os amigos e nem sabia que havia um cenário competitivo na época. Comecei a jogar no CS 1.6 (uma das primeiras versões do game) e para 2012, quando lançou o CS:GO, passei a jogar. Desde então, estou aí na cena.

DP: Em que momento você sentiu que era a hora de se tornar um jogador profissional de fato?

N: Vontade de competir, eu tenho desde que conheci o jogo competitivo. Mas o desejo de me tornar profissional surgiu em 2016, quando vi o Brasil ser campeão com a Luminosity do Taquinho (Taco, hoje jogador da Godsent). Na época, foi uma coisa muito incrível o que eles fizeram e eu comecei a ter a vontade de me tornar profissional. Mas como o cenário ainda era muito amador, os campeonatos aqui no Brasil também, e a cena era muito difícil. Ganhar dinheiro também era muito difícil no CS, e poucas pessoas conseguiam ter retorno. Mas com a evolução do cenário e o ecossistema que foi se criando, entre 2017 e 2018, surgindo novas oportunidades, veio a vontade de me dedicar. Alinhado com estudo e trabalho, não consegui largar tudo para viver disso de cara. Só em 2021.

DP: Como é a sua rotina de treinos no dia a dia?

N: Nossa rotina de treinos, e acredito que seja a de todos os times profissionais também, é como a de qualquer outro atleta, em qualquer esporte. Desde a parte física, a técnica e a prática. No meu caso, eu acordo por volta das 7h da manhã, vou para a academia e quando volto para casa faço o meu treino individual, que requer assistir às demos (reprises disponibilizadas pela VALVE, desenvolvedora) do jogo e praticar mira. A partir das 11h a gente começa o treino em equipe e vamos até as 20h, com algumas pausas para almoço e lanche no fim da tarde. Fora isso, a gente tem que usar a hora extra para focar no individual, porque quando você é atleta, quer sempre atingir o máximo de performance. Você não pode parar. Claro que fazer isso moderadamente por questão de saúde.

DP: Teve que mudar aqui de Recife para jogar no nível que está hoje?

N: Sair do recife não é uma condição. Mas quem está no Sul e no Sudeste é beneficiado. Além da oportunidade, tem a questão técnica do ping (um atraso de resposta do jogo), porque como o Brasil é um país muito grande e os servidores ficam em São Paulo, aqui no Nordeste e no Norte o ping fica mais alto, e o jogador fica prejudicado. Ano passado, na época pelo Ceará, a gente foi para São Paulo com a ajuda da comunidade e lá tivemos um desempenho muito melhor. Mas claro que isso não é uma condição, é um ‘plus’ que você consegue ir melhor estando lá.

DP: Você ainda sente resistência das pessoas em algum meio quando fala que é jogador de CS profissional? Qual a grande dificuldade que você enxerga para quem quer seguir na carreira do CS?

N: Sempre vai existir. É um esporte novo, uma modalidade nova que vem vindo à tona, e as pessoas mais velhas vão ter sim um certo tipo de preconceito. Mas é uma coisa que eu já me acostumei e sei lidar bastante bem, explicar como funciona. Acredito que quando o esporte for evoluindo e tiver mais tempo de cenário, vai ser mais tranquilo lidar com isso. A maior dificuldade que enxergo para seguir nessa carreira é a que todo atleta enfrenta. É o reconhecimento, a falta de oportunidade, investimento, tudo o que o atleta tem que buscar no começo da carreira para sobreviver.

DP: Você participou dos projetos do Sport e do Ceará, que são grandes clubes de camisa forte do futebol. Esse é um caminho interessante para o cenário local do CS, ou essa mistura é mais complicada do que uma Org sem vínculos com outro esporte?

N: Sempre existem caminhos interessantes mesclando com outros esportes. Mas acredito que deve haver uma separação de diretorias. Que não era o que acontecia nessas equipes. Sabemos que o futebol é o principal esporte para esses clubes e muitas vezes o E-Sports podem ser prejudicados pelos resultados nele, mas com certeza é uma possibilidade, um caminho que dá certo. A exemplo disso a gente tem o Cruzeiro, que é um clube que dá estrutura para os meninos lá. Creio que pode ser algo bom, sim.

DP: Especificamente sobre o Sport, por qual motivo você acredita que o projeto não teve sequência? Porque o time era forte, tanto que além de você tinha o Lineko também que hoje faz parte da Academy da Godsent, treinando na Europa.

N: Na minha visão, o que deu errado no Sport foi a falta de investimento. Naquele período o time teve bons resultados e representou bem o Nordeste, com um time 100% daqui da região. Estávamos focados nisso. Mas o Sport não estava vivendo um bom momento no futebol, como um clube também com problemas, e não conseguiu buscar patrocínio para continuar com o projeto.

DP: O que falta para o cenário de Pernambuco e do Nordeste também para aproveitar esse crescimento do CS brasileiro e também se tornar competitivo?

N: O nosso cenário tem bons jogadores. Conheço a  maioria deles, mas é um cenário carente de investimento. Falta estrutura para superar a dificuldade com o ping, e tem também a distância dos principais focos dos campeonatos. Normalmente, o que a gente tem visto nos últimos anos são jogadores individualmente se destacando, mas tem sim muitos jogadores aqui no Nordeste se destacando muito bem. A gente fez uma boa campanha pelo Sport e pelo Ceará, inclusive todos os jogadores do Ceará estão se dando bem individualmente falando.

Acredito que estamos um pouco longe do cenário brasileiro, sim. Mas tem um time que posso destacar como um excelente trabalho e apoio, que é a galera da ‘Arena Jogue Fácil’, em João Pessoa. Eles têm dado aos jogadores uma estrutura incrível, com uma line 100% Nordeste. Estão conseguindo um feito grande, que foi classificar para o CBCS. Coisa que a gente, nem pelo Sport e nem com o Ceará, conseguimos. Tem que ficar de olho nesses caras, porque estão fazendo o máximo pelo cenário nordestino. Está incrível de acompanhar.

DP: Falando aqui do Nordeste, você já mencionou o TACO como o maior expoente da nossa região no CS. Vencedor de Major e toda a história que construiu. Ele é uma referência pra você também?

N: Sobre o TACO, eu sou grande fã do Taquinho. O que ele construiu sendo nordestino, e particularmente falando, sendo rubro-negro torcedor do Sport - o que eu também sou -, faz com que eu admire ainda mais ele. É uma referência para mim, e para todos os nordestinos que têm como objetivo seguir carreira no CS e em todos os outros jogos. Por tudo o que ele construiu e venceu. Taco é um cara que tenho como exemplo e tento seguir os passos dele.

DP: Se inspira em mais algum jogador com estilo de jogo?

N: Sobre estilo de jogo, não tenho uma pessoa fixa em quem eu me inspire. Mas gosto de assistir bastante aos jogadores que jogam agressivo (chamados de ‘entry’ no game). É o que faz mais o meu perfil e tento absorver o máximo desses caras. 

DP: Voltando para a sua carreira, você também passou pela Elevate e chegou até a galera do Uno Mille, mas como surgiu esse time novo e de onde veio a escolha pelo nome inusitado?

N: Os meninos me chamaram para esse projeto incrível. Acredito que a gente tenha as melhores peças nas suas respectivas funções. Com muito esforço e trabalho duro, a gente tem tudo para buscar o topo do Brasil. E consequentemente atingindo o topo, representar o país lá fora, que é o nosso ‘main go’ (objetivo principal). O nome diferenciado é uma homenagem ao famoso ‘uninho’, que está em praticamente todas as firmas brasileiras, e que marcou muito e ainda marca os brasileiros. O Uno ficou na nossa geração quando a gente era menor. O ‘remix’ (Victor Monteiro), que é o nosso AWP, teve a ideia de dar o nome, inclusive porque ele tem um uninho.

DP: Mas o folclore fica só no nome, porque vocês com muito pouco tempo juntos desde fevereiro, já venceram orgs fortes de investimento, como Sharks, Furia Academy, Redragon, Los Grandes... O que isso representa para vocês como equipe?

N: Só reflete o que é o nosso projeto. Como eu disse antes, acredito que a gente tem as melhores peças nas suas respectivas funções e conseguimos extrair o melhor de cada um no jogo. O time encaixou muito bem e isso só mostra que com mais tempo de trabalho - porque dois meses é muito pouco -, com mais estrutura por trás - que a gente está buscando e perto de fechar já -, e com o trabalho duro e estamos empenhando a cada dia mais, acredito que podemos conquistar os nossos próximos objetivos.

DP: Qual foi o sentimento de ganhar o CBCS perdendo somente um mapa? E ainda tendo ótimos números individuais na estatística do jogo?

N: Foi um sentimento incrível. Um sentimento muito, muito bom. Particularmente falando, sempre parava nos qualify com os outros times. Era um negócio incrível que a gente sempre parava nas classificatórias. Mas com os meninos, dessa vez foi diferente. Posso até dizer que estou invicto (sorri), porque foi o único que consegui jogar. Mas brincadeiras à parte, a gente fez um campeonato muito sólido. Estávamos muito bem preparados para enfrentar os adversários. Os números, estatisticamente falando, vieram com natureza. o time todo estava muito bem, todo mundo jogando no seu high level, tudo fluindo. Isso foi uma mera consequência. Todo mundo fez ótimos números.

DP: Pergunta de um amigo colaborador da entrevista é fã do seu estilo de jogo: 'Como fazer para ter um ‘spray transfer’ (mudança da posição da mira durante uma sequência de disparos contínuos) como o seu?'

N: (Sorri) Essa parada ficou marcante no meu jogo, porque eu consigo dar alguns sprays transfer que não são normais. Eu não sei como consegui chegar nesse nível, mas acredito que foi prática, prática, prática e muita prática. Nunca tive um treino específico para melhorar isso. Veio com naturalidade e faz parte do meu jogo.

DP: E mais recentemente vocês chegaram a um passo da ESL Pro League, mesmo sem uma org, deixando muita gente impressionada por esse feito. O que isso representa pra equipe?

N: Sendo bem sincero, não ter conseguido a vaga para representar o Brasil lá fora no classificatório da Pro League machucou muito. Porque foi na final e a gente precisava ganhar só mais esse jogo. Mas perdemos 19 a 16 (no mapa Mirage) e 16 a 12 (no mapa Nuke). Perdemos os quatro rounds pistols e isso acaba influenciando muito, porque você tem que fazer um mapa perfeito. Impactou muito no jogo, além de erros que a gente já deu uma olhada. Mas essa derrota doeu, sendo bem sincero.

É aprendizado. O time do São Caetano jogou muito bem, soube aproveitar todas as brechas que a gente deu. Os meninos estão juntos há muito tempo, time muito bom, e estavam lá fora jogaram o RMR (classificatório para o Major deste ano). É um time muito sólido e mereceram a vitória. E como falei, nosso time é um time novo, estamos juntos há somente dois meses, e que é muito bom. Sendo bem sincero, a gente só precisa de tempo. Com tempo, a gente vai conseguir buscar uma vaga internacional para representar bem o Brasil lá fora.

DP: O jornalista Roque Marques, hoje do portal Dust2 Brasil e bastante conceituado no meio do CS, chegou a dizer que existe interesse de uma org fora do país na Uno Mille. Já foi cravado esse acerto? Existe previsão de sair do papel?

N: O Roque Marques sempre com os seus furos, né? (sorri). Teve sim, o interesse no time completo, que é o que a gente visa como projeto. Representar a organização com a line completa, sem trocar jogador nenhum. É o que a gente visa, afinal é um projeto muito bom. Mas teve, sim, propostas de outras orgs de fora para jogadores individualmente, mas não deu sequência na negociação. Mas a gente está bem avançado com uma organização específica e tem tudo para dar certo. Se Deus quiser, a Uno Mille vai ficar na história, como o único time que não tinha organização por trás e foi campeão do CBCS.

DP: Esse tem que ser o próximo passo da Uno Mille, ou acha que é possível seguir forte nos camps mesmo sem ter uma org por trás?

N: Ter o auxílio é um dos objetivos principais que a gente tem, porque tendo a org por trás, tira um peso das nossas costas e que a gente não deveria ter. Que é resolver coisas ‘out game’, coisas que um manager da organização faz. Hoje somos nós jogadores que temos que resolver muita coisa, principalmente o SKY (Pedro Lahass) como coach, e o Rici (Felipe RICIOLI), que é o nosso capitão. Esse é o dever de uma organização, mas como a gente não tem, temos que nos virar com o que dá. Então, esse é o nosso principal objetivo agora. Conseguir uma org, ter um psicólogo por trás, toda uma estrutura para vestir a camisa bem, evoluir o time junto com a org - o que é muito importante - e buscar o topo do Brasil, que também é o nosso objetivo no momento.

DP:  Em uma das lives, o ex-jogador e coach Gaulês, hoje principal streamer do CS no mundo, comentou a importância das equipes abrirem espaço para jogadores reservas. Assim como acontece no futebol, no basquete, no vôlei e praticamente em todos os esportes coletivos. Você concorda que essa é uma decisão que pode ajudar a crescer ainda mais o cenário e abrir mais oportunidades para novos jogadores?

N: Hoje nós temos a figura do coach, mas uma uma line com mais de cinco jogadores, sendo jogador mesmo, o sexto player, a Vitality (equipe francesa) até tentou e outros times também tentaram implementar isso. Até que a Valve chegou e disse que não iria rolar esse tipo de situação. Sendo bem sincero, acho que é algo que tem que se pensar. Os outros esportes têm jogadores reservas e isso pode ser interessante, sim, para o futuro do CS.

Usando na prática, a gente pode ter um jogador em um determinado mapa que joga nele melhor que o outro. Sendo bem simples e diretamente dizendo. Um time pode optar por esse jogador, porque ele se encaixe melhor naquele mapa, ou na função em que ele joga. Então, é algo que tem que ser pensado, sim. A curto prazo não vai acontecer, mas com o desenvolvimento do jogo, dos projetos, das organizações, tende sim a ser uma boa adição para o CS. Mas claro que se a desenvolvedora do jogo não liberar, as organizações não conseguem implementar esse sistema.

DP: Você também enfrentou equipes argentinas em diversos momentos ao longo da sua carreira, e pela primeira vez o time da 9z chegou a um Major. Esse crescimento deles fortalece os brasileiros quando vão disputar no cenário NA e Europa? Acha que algum dia elas vão chegar a superar a hegemonia do cenário brasileiro no SA? 

N: Essa vaga que a 9z conseguiu só fortalece a cena sul-americana. É muito importante para os países dos jogadores, Argentina, o Chile, o Uruguai, e também o coach brasileiro. Estamos todos juntos na cena SA. Foi importante, por ser um time que treina e joga os campeonatos nos Brasil, e essa vaga mostra que a região SA está cada vez mais forte.

DP: Qual o seu maior sonho no CS?

N: Meu maior sonho é um cliché, que é ganhar o Major. É difícil, mas se você não sonhar alto, é melhor nem sonhar. Acredito que todos os jogadores em comum têm esse sonho, e só alguns realizaram, são poucos. Mas também tenho sonhos mais a curto prazo e mais alcançáveis. Ir atrás do topo do Brasil, se manter nele e representar o país lá fora, num campeonato mundial para conseguir ganhar um camp internacional. Através de muito esforço e trabalho, acredito que a gente consegue chegar lá.

DP: E que conselho você daria para um jovem que esteja hoje sonhando em jogar CS de forma profissional?

N: No começo vai ser muito difícil. Muito mesmo. Toda pessoa que quer ser atleta sempre passa muita dificuldade até conseguir, e no CS não vai ser diferente. Acredito que o CS é até mais difícil, porque é uma modalidade nova, que está vindo à tona agora, evoluindo, é recente. Ter o apoio das pessoas que você tem perto é difícil, porque elas querem o teu bem, e como é algo novo, elas podem pensar que você está perdendo o seu tempo. Mas você tem que mostrar que não é isso, que dá para ter uma vida seguindo a carreira

Mas para isso tem que se dedicar ao máximo. E claro que ninguém, do nada, vai largar os estudos e o trabalho para fazer isso. Tem que saber conciliar os dois, até o momento que ver que virou a chave, que está conseguindo se manter e viver do CS. Aí você cogita largar o que faz. E vai, segue a carreira. Se é uma parada que você ama, como tudo na vida que você ama, tenta. Porque vale a pena.

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