A menos de 20 dias da estreia na Série C do Campeonato Brasileiro, o Santa Cruz segue sem executar o futebol virtuoso prometido no início da temporada. Além de erros no planejamento, o time soma, até então, vexames a nível estadual, regional e nacional, que comprometeram o início de ano coral - e tornaram a missão do recém-contratado Bolívar pelo Arruda ainda mais árdua.
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Com o único objetivo de 2021 bem estabelecido, os tricolores terão, até a bola rolar pela Terceirona, no final do mês, quando visitará o Manaus, muito trabalho pela frente. Desde o término da temporada passada e o começo da transição dos trabalhos de Marcelo Martelotte e João Brigatti, não houve, por conta do pouco espaçado calendário, tempo de consolidar um estilo de jogo e criar a química necessária no Santa Cruz.
Assim pensa o treinador Bolívar, que terá, pela primeira vez desde que chegou ao Arruda, tempo para desenvolver seu estilo de jogo sob seus comandados.
“Quem acompanha o calendário do futebol brasileiro - e aqui no Pernambucano não é diferente - sabe que a gente joga a cada três dias uma partida. E o tempo de trabalho é bem curto. Então, você precisa achar uma consistência defensiva para te dar uma solidez, principalmente no seu setor defensivo. Aí sim, a partir desse momento, você começa a ter uma construção mais ofensiva”, disse o treinador coral.
“É como eu falei”, seguiu Bolívar, “não vai ser da noite pro dia que a gente vai achar esse equilíbrio. Eu acho que agora a gente tem um tempo de 20 dias de trabalho até o início da Série C e aí você consegue com mais tempo trabalhar, eu acho que focar bem principalmente em todos os setores para que possamos ter um Santa Competitivo dentro da Série C que é o grande objetivo do clube agora na segunda temporada”.
VIDA APÓS ELIMINAÇÃO
Somando três eliminações neste início de temporada, a ‘vida’ do Santa Cruz após a desclassificação do Campeonato Pernambucano deve ser encarada como uma janela de oportunidades para adequar o futebol desordenado dos corais. Assim observa Bolívar - que ainda comentou sobre a esperança de retomar as rédeas no Arruda.
“Claro que o torcedor não fica satisfeito pela eliminação, mas eu acho que o poder de reação e a entrega que os jogadores tiveram, principalmente no segundo tempo, nos faz acreditar que a gente precisa continuar trabalhando e buscar os nossos objetivos lá na frente”, concluiu.