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SANTA CRUZ

Com Martelotte, Santa Cruz tem missão de dar sequência à evolução defensiva na Série D

Defesa coral voltou a deixar o campo sem ser vazada após oito rodadas

postado em 16/06/2022 08:00 / atualizado em 16/06/2022 08:51

<i>(Foto: Divulgação/Santa Cruz)</i>
São dois jogos sem sofrer gols e uma nítida evolução defensiva. Para além dos números, o Santa Cruz, a cada jogo, dá mais sinais de que está se encontrando dentro da disputa da Série D. Prestes a comandar a equipe coral pela sexta vez na temporada, o técnico Marcelo Martelotte está cumprido o que se pode chamar de 'pequenas metas'. Depois de acalmar o ambiente conturbado que encontrou assim que retornou ao clube, o trabalho tem avançado também dentro de campo. E se o ataque, por vezes, ainda parece inconstante, o setor defensivo tem mostrado segurança. 

Apesar da constante necessidade de ajustes, as respostas positivas após pouco mais de um mês da mais recente estadia de Martelotte no Arruda são visíveis. A melhor, no entanto, não passa somente pela chegada do treinador. No que diz respeito à gestão do elenco, o técnico recebeu novas peças, recuperou lideranças e acertou em mudanças táticas determinantes na retomada da campanha coral. Hoje, por exemplo, o time se encontra há dois jogos sem sofrer gols, cenário que não se repetia desde a estreia no nacional, contra o Lagarto.

Na atual sequência, venceu o Sergipe por 1 a 0, no Arruda, e logo em seguida empatou sem gols contra o CSE, em Palmeira dos Índios. Mas, apesar da subida na tabela e do consequente ingresso no G4, o que dá ainda mais esperança ao torcedor tricolor é que os bons números vieram acompanhados de boas apresentações coletivas. E a evolução defensiva coral muito se dá por três principais fatores. 

 

Jefferson de volta à meta


A primeira mudança com o 'dedo' de Marcelo Martelotte. O técnico precisou de pouco mais de uma semana de treinamento para oportunizar o goleiro Jefferson, que não recebia chances há quatro meses. Na partida contra o CSE, o arqueiro voltou à titularidade da meta coral com a faixa de capitão. Um recado do treinador, demonstrando a confiança no atleta. De lá para cá, respostas concretas de que a mudança surtiu efeito no desempenho coral.  

 

Chegada de Alemão 


O experiente defensor retornou ao Tricolor para viver a sua terceira temporada com a camisa do Santa Cruz. A volta do zagueiro de 35 anos, inclusive, coincidiu com a contratação de Martelotte. O técnico disputou apenas um jogo com a antiga dupla de zaga coral, formada por Alex Alves - um dos homens de confiança do ex-treinador Leston Júnior - e Luan Bueno. Dos dois, o segundo foi escolhido para estar ao lado de Alemão, que chegou e tem mostrado porquê ocupa o posto de 'xerife'. 

 

Reconquista de Gilberto

Da incerteza da permanência à retomada da vaga de titular. Um dos principais líderes do elenco, Gilberto esteve muito próximo de deixar o Santa Cruz em meio ao cenário de mudanças que acompanhou a chegada de Martelotte. O volante se mostrava insatisfeito com os atrasos salariais e as condições de trabalho dadas pelo clube. No entanto, após reuniões consecutivas, a situação foi contornada e o atleta selou sua permanência.

Reconquista a ser comemorada, já que, hoje, Gilberto, além da liderança dentro do plantel, tem recuperado o seu futebol pós-lesão. No último jogo no Arruda, inclusive, na vitória por 1 a 0 contra o Sergipe, voltou ao posto de titular e fez uma das suas melhores apresentações com a camisa do Santa Cruz. Após a partida, Martelotte rasgou elogios à atuação do camisa 5.

Tags: Marcelo Martelotte Série D Santa Cruz evolução defesa