Esperada para este ano, a SAF do Santa Cruz segue sendo trabalhada pelo presidente Bruno Rodrigues no "silêncio" dos bastidores. Investidores chegaram a sondar o clube coral, mas preferiram fechar com América/RN e Londrina. O que precisamos é entender qual o caminho que a diretoria deseja e, se possível, eliminar ideias fora de questão. Uma destas era que o Santa Cruz deveria adotar o modelo do Fortaleza, que poucos sabem mais é uma SAF, mas diferente do que vemos no País, não colocou suas cotas à venda. Se existe esse pensamento dos dirigentes corais, já aviso que não dará certo. Os dois clubes têm semelhanças em passados recentes. O Tricolor do Pici viveu anos de martírio ao jogar a Série C. Mas a chegada de uma gestão diferenciada (leia-se Marcelo Paz) acabou sendo a virada para um ciclo de crescimento sustentável.
Além disso, o clube vive em paz nos bastidores, se tornando a principal força do futebol da região no País. No Arruda, as vaidades e brigas políticas não permitem seguir este caminho. A dívida do Tricolor gira em torno de R$ 300 milhões e isso por si só já justifica a necessidade da chegada de um investidor para mudar o modelo de administração. Esse será o grande desafio de Bruno Rodrigues: com seu grupo de consultoria, encontrar o comprador ideal, que traga os pilares para formar uma boa SAF: modelos de gestão, financeiro e de propriedades para o futuro do Santa Cruz.
As cotas da Copa do Nordeste
No Léo Medrado e Traíras, no YouTube, o presidente da Liga do Nordeste, Constantino Júnior, trouxe os valores das cotas para a Copa do Nordeste de 2025. No Pote 1, os clubes levam R$ 3,2 milhões; no Pote 2, o valor é de R$ 2,6 milhões; no Pote 3, de R$ 1,8 milhão; e no Pote 4, R$ 1,2 milhão. Só em cotas, a Liga pagou em 2024 mais de R$ 50 milhões. Este ano, o Sport foi Pote 1 e o Náutico, Pote 2. Santa Cruz e Retrô tem dois duelos na Pré-Copa para avançar nos grupos. O ranking nacional da CBF definirá qual o pote dos dois clubes.
Série B do Nordeste
Perguntado por Jarbas Aguiar sobre a possibilidade de criar uma Série B na Copa do Nordeste, Tininho se mostra favorável, mas existe alguns entraves que podem demorar o surgimento de uma Segundona regional. Principalmente a viabilidade financeira e o calendário nacional.
Recompra dos direitos comerciais
Os clubes da Liga Forte União (LFU), que tem o Sport e Náutico, praticamente acertaram com os investidores um acordo sobre a recompra de parte de seus direitos comerciais, que duram 50 anos. Antes, a ideia era negociar 20% desses ativos. Agora, a ideia é cortar pela metade. Alguns clubes já receberam 50% o valor estabelecido. Outros um pouco menos. Outro ponto: os clubes podem também revender parte ou o todo destes 10%. A negociação será de cada clube. No Sport, o presidente Yuri Romão confirmou que não tem definição oficial, mas que é válido do ponto de vista econômico. “Toda decisão irá passar por reuniões com a diretoria e com o Conselho”, disse. Amanhã, os dirigentes dos 32 clubes que fazem parte da LFU se encontram para definir os detalhes sobre esse acordo.
