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Presidente da FPF nega desistência do Sport e diz que partida deve ser anulada pelo STJD

Evandro Carvalho ainda disse que atuação da arbitragem foi desastrosa durante a paralisação; FPF se posiciona pela anulação da partida

postado em 11/03/2021 11:39 / atualizado em 11/03/2021 11:51

<i>(Foto: Tarcísio Augusto/DP Foto)</i>
Se já não bastasse as quase três horas de partida, a disputa entre Juazeirense e Sport, pela Copa do Brasil, aparenta estar longe de um término usual. Enquanto a diretoria do Leão trabalha junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por uma perícia técnica nas dependências do Estádio Adauto Moraes - engenheiros civis e elétricos da Instituição já estão em Juazeiro -, a equipe de arbitragem responsável pela partida desta quarta-feira (10) divulgou, com uma informação essencial para o desenrolar do caso, a súmula dos acontecimentos do embate. 

No documento publicado pela CBF na madrugada desta quinta (11), consta que os atletas do Sport, durante a paralisação de 68 minutos, decidiram não continuar em campo e, assim, levar a resolução da partida ao tribunal. Amparada pelo Regulamento Geral de Competições, a decisão da equipe rubro-negra, tendo em vista a súmula do jogo, se torna inviável a partir da desistência dos comandados de Jair Ventura - que, de acordo com o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), não aconteceu.

“O Sport permaneceu em campo no que manda o regulamento: uma hora. Passaram-se 1h15, não houve jogo e o Sport não tinha como jogar porque não havia mais partida. O árbitro não poderia dar continuidade ao jogo por conta do regulamento. É mais uma incompetência deles que deviam ler o regulamento e saber o que está escrito nele. O Sport agiu absolutamente dentro da lei”, afirmou Evandro Carvalho à Rádio Clube de Pernambuco.

Ainda de acordo com o presidente, o Sport, junto à FPF, levará à CBF e ao STJD um posicionamento oficial em busca da anulação da partida. “O que cabe é a anulação da partida e punição ao clube. O regulamento é claro, determina a perda de pontos e a eliminação da Juazeirense”, disse o advogado.

Com uma hora e oito minutos de paralisação, restavam pouco menos de 15 minutos para o término da partida. Após reunir ambas equipes no centro do gramado, o árbitro da partida, Ramon Abatti Abel, decidiu terminar a partida precocemente. 

"Posicionei-me com equipe de arbitragem no campo de jogo para o reinício dos
cinco minutos restantes da partida. A equipe mandante posicionou-se prontamente para o reinício, porém a visitante negou-se a se posicionar para o reinício da partida, assim me dirigi ao banco de reservas onde a equipe se encontrava e fui informado pelo capitão Patric que a equipe não retornaria para reinício do jogo. Diante da negativa da equipe do Sport em não retornar a formação para o reinício do jogo, informei a todos que por este motivo a partida estava encerrada”, informa a súmula.

Segundo o vice-presidente jurídico do Sport, Manoel Veloso, o Leão já entrou em contato com a CBF via Federação Pernambucana de Futebol (FPF) para solicitar uma perícia técnica na parte elétrica do estádio Adauto Moraes para averiguar a razão das quedas de energia.

"Após os absurdos e injustificáveis eventos ocorridos na noite do hoje, do jogo entre Juazeirense e Sport, pela Copa do Brasil, o Sport entrou em contato com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), pela Federação Pernambucana de Futebol (FPF), e solicitou, junto ao delegado do jogo e à CBF, uma perícia técnica no campo de jogo e estádio. Para constatar a real e efetiva falta de energia nos arredores do campo, se houve queda de energia, o estado da parte elétrica."

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