
Mas o trabalho que prometia sucesso no principal objetivo da temporada e longa permanência no clube – o que se tornou raro – sofreu uma reviravolta que nem o mais pessimista dos rubro-negros esperava. O desempenho, antes avassalador, perdeu constância, intensidade e, acima de tudo, parou de dar resultado. Isso fez com que o trabalho de Enderson passasse a ser cada vez mais questionado. O comandante não soube lidar com isso.
Com as cobranças cada vez mais hostis, o comandante rubro-negro passou a responder as críticas com arrogância, tanto para a imprensa como para os próprios torcedores. O elo entre treinador e torcida estava cada vez mais fraco.
Um ponto crucial no rompimento afetivo dessa relação se deu quando surgiu a notícia de que Enderson barrou o ídolo Diego Souza por opção técnica. A partir daí, a situação passou a ser menos sustentável com o passar das rodadas.
No meio desse processo de enfraquecimento de relações, a permanência de Enderson Moreira poderia ter sido encerrada antes do que de fato aconteceu. Após o empate em 3 a 3 contra o Criciúma, na Ilha do Retiro, no dia 9 de setembro (27ª rodada).
Após a partida, o treinador chegou a entregar o cargo para a diretoria rubro-negra, que não aceitou a demissão do técnico e o manteve no cargo. Enderson permaneceu no Leão até a 37ª e penúltima rodada, quando perdeu para o Vitória em Salvador. O treinador chegou a afirmar que seu ciclo já deveria ter sido encerrado há algum tempo.
No dia seguinte à partida (19/11), já com mínimas chances de acesso, o Sport anunciou a saída do treinador. Cinco dias depois, Enderson foi anunciado no Sporting Cristal-PER, substituindo o também brasileiro Tiago Nunes, que assumiu o Botafogo.
Entre os torcedores rubro-negros, fica a dúvida sobre como o elenco teria se portador caso uma mudança no comando técnico tivesse acontecido a tempo.