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COLUNA - LÉO MEDRADO

'Sport errou muito e derrota por apenas 2 a 0 acabou sendo lucro'

Único alento é que o time rubro-negro tem muito mais bola pra render na volta

postado em 01/05/2024 10:48 / atualizado em 01/05/2024 11:11

<i>(Foto: Rafael Costa/Sport)</i>

No lucro 

Errou na opção de marcar a saída de bola. Sem criatividade, errando muitos passes e dando espaços pro competitivo e competente Atlético Mineiro, o Sport perdeu por 2 a 0 a partida de ida da 3ª fase da Copa do Brasil e vai ter que jogar a partida perfeita no jogo de volta. No segundo tempo, Hulk ainda meteu duas bolas na trave e o Sport, que teve espaços mas escolheu sempre errado, terminou saindo no lucro. Único alento? O time rubro-negro tem muito mais bola pra render na volta.

Um sábado diferente 

Vai ser marcante. Histórico. Estarei sábado nos Aflitos curtindo uma partida diferente por ter um público diferenciado. Os palavrões darão vez a gritos agudos, nos timbres feminino e infantil. Será lindo ver a Rosa e Silva repleta de Mulheres, crianças e PCDs. Uma tarde longe dos marginais infiltrados na torcida que fica do lado da Rua da Angustura. Sim. Será um espetáculo inesquecível. Que o time alvirrubro compreenda o momento e corresponda ao incentivo do público, a exemplo do que ocorreu nos três jogos do Sport na Ilha, ano passado, nas vitórias sobre Botafogo SP (3x0), ABC (4x1) e Avaí, (2x1), quando os marmanjos também não puderam entrar.

<i>(Foto: JEAN-LOUP GAUTREAU / AFP)</i>

Manhãs de domingo

Era diferente. O astral era outro. Antes da praia, da sessão matinal nos cinemas dos shoppings ou almoço com a família, existia um compromisso inadiável. Fundamental pra curtir a semana com entusiasta motivação. A Fórmula Um na década de 80 era mágica. Começa com um cara de quem me tornei fã e tive o prazer de conhecê-lo anos depois: Nelson Piquet, amigo pessoal de Américo Pereira. Quando Américo me apresentou a ele, tremia mais que vara verde. Vibrava e torcia por Piquet desde 1980, quando tinha 15 anos de idade. Cinco anos depois, Ayrton Senna chegava à Lotus. Existia um grupo de amigos que desde 1983 saía junto nos fins de semana. O assunto principal? Fórmula Um. Pra desespero das esposas presentes. Viajávamos pro Rio para assistir às corridas em Jacarepaguá. Nando Urquiza, Gilberto Almeida, Júnior Beberibe, Fernando Robot e … Léo. Sim! Eu mesmo! 

Piquet x Senna

Nando e eu éramos torcedores de Nelson. Os demais, Ayrton. Discutíamos arduamente quem era melhor. Foram anos de papos sobre Piquet x Senna. Nelson abriu 3x0 (81/83/87). Ayrton empatou: 88/90/91. Levávamos números nas carteiras pra comparar quem era melhor. Poles, número de vitórias, ultrapassagens entre eles. Parecíamos rivais de dois clubes de futebol. 

Senna x Prost
 
Piquet parou em 1991. Mas a grande disputa desde 1988, após o tri de Piquet no ano anterior, passou a ser Senna x Prost. Aí virou Brasil x França. Passei a torcer por Senna contra o narigudo francês. Assisti ao primeiro título sozinho, de madrugada, num quarto de hotel em Curitiba (o Sport jogaria à tarde e tava lá pra transmitir) fazendo um barulho que provocou uma ligação do caba da recepção perguntando se tava tudo bem. 

Sentimentos

Veio o Bi em 90. E o Tri em 91. Só alegrias. Até 1994... Quem tem mais de 40 anos jamais se esquecerá daquele 1º de maio. Todos lembrarão hoje, após 30 anos aonde estavam e o que estavam fazendo naquele dia. E os domingos nunca mais foram os mesmos. Segui assistindo à Fórmula Um. Claro que vibrei com as vitórias de Barrichello e Massa. Mas sem o mesmo entusiasmo. Nosso grupo? Nunca mais discutiu Fórmula 1. Sentimos todos muita saudade dessa época. Belas manhãs de domingo, tantas alegrias. Velhos tempos, belos dias!

Tags: futebol sport copa do brasil atletico