Em 2005, o Santa comemorava a presença na elite pela segunda vez no século, mas ninguém imaginava o que aconteceria depois. Contando com aquilo, o Santa acumula quatro acessos e cinco rebaixamentos desde então, algo que não seria preocupante se orbitasse entre as Séries A e B, onde só esteve em seis dos últimos 16 anos. A elite só recebeu o Santa em 2006 e em 2016, com a Série C virando quase sua casa, com sete temporadas.
Essa é a maior estabilidade coral em todo esse recorte, iporém há de se questionar até que ponto uma estabilidade na Terceirda Divisão não seria uma instabilidade. O Tricolor, assim, supera a sequência 2009-2011, três anos passados na Série D.Assim, a cada ano, o Santa segue sendo mais afastado do salão principal do futebol brasileiro.
Ainda buscando um espaço mais condizente com seu tamanho, o Tricolor tenta seguir os passos recentes de Chapecoense, Fortaleza, CSA e Bragantino. Cada um desses, à sua maneira, conseguiu aplicar projetos bem definidos e foco na austeridade financeira para sair da Série C e se firmar de maneira bastante competitiva em patamares superiores. E esse parece ser o maior desafio do Santa, uma vez que, quando sair da Terceirona, também não adiantará ser algo sem consolidação.
Este retorno à Série B que o Santa busca não é inédito, entre 2014 e 2017, o Tricolor rodou nas duas primeiras divisões, mas erros no planejamento e constantes atrasos salariais fizeram o time voltar a viver tempos sombrios, garantindo um novo rebaixamento à Terceira Divisão, de onde ainda não conseguiu sair, forçando, agora, o clube a corrigir seus erros para poder, pela última vez, precisar ver a chegada à Série B como um alívio.
