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SANTA CRUZ

Santa Cruz precisa melhorar pontaria para o acesso na Série D; veja números

Tricolor tem segundo pior ataque entre os 16 que ainda seguem vivos, com saldo de gols zerado

postado em 09/08/2022 08:00 / atualizado em 09/08/2022 06:14

<i>(Foto: Rafael Vieira/DP Foto)</i>
Precisar de gols no futebol parece redundância, mas é exatamente como se encontra o Santa Cruz na Série D do Campeonato Brasileiro. Dono do segundo pior ataque entre os que seguem vivos, terá mais do que nunca balançar as redes no próximo domingo (14), contra o Tocantinópolis, fora de casa, para manter aceso o sonho do acesso. Em caso de novo empate, o classificado será definido nos pênaltis. Quem vencer avança. 

O atual retrospecto, porém, não é dos melhores. Além dos números ruins no ataque, a Cobra Coral tem o pior saldo entre os 16 melhores colocados, com 16 gols feitos e 16 sofridos. O déficit de pontaria pôde ser evidenciado no empate sem gols diante dos tocantinenses, no qual os corais desperdiçaram pelo menos quatro chances claras, deixando para decidir longe de seus domínios. 

Dentre as equipes que ainda lutam pelo acesso, apenas o Paraná marcou menos que o Santa: 14 vezes. O tricolor paranaense, no entanto, foi vazado em apenas nove ocasiões, acumulando um saldo positivo de cinco. Já a Portuguesa-RJ, que também fez 16 gols, sofreu 12, e tem quatro de saldo. O melhor ataque do certame é o do Amazonas, que acumula 40 tentos assinalados, seguido do Retrô (28), eliminado pela Cobra Coral na segunda fase.

Diante do fraco aproveitamento, o técnico Marcelo Martelotte foi questionado sobre utilizar Hugo Cabral como centroavante, mas descartou a possibilidade. Hugo participou efetivamente de metade dos gols do Mais Querido na competição, com sete bolas nas redes e uma assistência. Já os atacantes Raphael Macena e Rafael Furtado não vêm dando conta do recado.

O grande vilão do último final de semana, no entanto, foi o meia-atacante Matheuzinho. Ele perdeu ao menos duas chances claras no segundo tempo, finalizando por fora da meta tocantinense. Em ambas as ocasiões, o goleiro já estava praticamente vendido no lance, levando o torcedor tricolor ao desespero nas arquibancadas do Arruda. 

O fraco número do saldo não passa apenas pelo ataque, vale ressaltar. A defesa do Santa Cruz já mostrou fragilidades, principalmente quando pega nos contra-ataques, apresentando transições lentas. Por outro lado, vem evoluindo nos últimos jogos. No mata-mata, só foi vazada uma vez em três jogos, com Alemão e Luan Bueno se firmando cada vez mais na dupla de zaga.
 
Ataques e defesas entre os 16 times da Série D

Amazonas: 40 gols prós e 14 sofridos (saldo 26)

América-RN: 23 gols prós e 8 sofridos (saldo 15)

Lagarto: 27 gols prós e 14 sofridos (saldo 14)

São Bernardo: 17 gols prós e 4 sofridos (saldo 13)

Moto Club: 26 gols prós e 17 sofridos (saldo 9)
 
Bahia de Feira: 19 gols prós e 10 sofridos (saldo 9)

Caxias: 23 gols prós e 5 sofridos (saldo 8)
 
Nova Venécia: 24 gols prós e 17 sofridos (saldo 7)

ASA: 27 gols prós e 14 sofridos  (saldo 6)

Real Noroeste: 25 gols prós e 19 sofridos  (saldo 6)

Pouso Alegre-MG: 15 gols prós e 10 sofridos  (saldo 5)

Tocantinópolis: 29 gols prós e 14 sofridos  (saldo 5)
 
Paraná: 14 gols prós e 9 sofridos (saldo 5) 

Portuguesa-RJ: 16 gols prós e 12 sofridos  (saldo 4)

Santa Cruz: 16 gols prós e 16 sofridos (saldo 0) 

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