Na edição de sexta (14), deixei em aberto uma pergunta crucial sobre o Clássico das Multidões que ocorrerá neste sábado: existe um favorito? Essa questão pode ser analisada sob várias perspectivas. Podemos discutir quem será o vencedor ou quem se classificará para mais uma final do Pernambucano. Para o Santa Cruz, a missão é clara: precisa vencer por dois gols de diferença para levar a disputa para os pênaltis ou por três para garantir a vaga. Assim, a vantagem do Sport é significativa, pois pode sair do Arruda derrotado por um gol e ainda assim avançar.
As variáveis são muitas: será que a parte técnica do Sport conseguirá se sobrepor ao rival? Ou a organização tática do Santa Cruz fará a diferença nesse duelo? O impacto de um gol do Tricolor nos primeiros 15 minutos pode ser explosivo, e os 30 mil torcedores certamente influenciarão o desempenho do time rubro-negro. Mas, se esse gol não sai, a preocupação da arquibancada pode atrapalhar o rendimento coral. Diante desse cenário, mantenho a postura de prudência e não aponto um favorito, mesmo com o Sport tendo a vantagem no placar.
Santa Cruz: o que fazer?
A semana foi intensa, mas repleta de desafios para o técnico do Santa Cruz, Itamar Schülle, que busca a formação ideal para sua equipe. Com as ausências de Toty e Matheus Melo, o cenário complica. Israel pode ser deslocado, mas essa mudança tira um jogador que tem sido fundamental na marcação do meio. Uma opção ousada seria a formação com três zagueiros, mantendo Israel como ala. Matheus Melo, que não vinha rendendo bem, era uma opção no banco, principalmente nas bolas paradas. Schülle também mencionou que Galhardo ainda não está em plena forma, o que levanta a dúvida: Eduardo Tanque ou Rafinha? Uma postura ofensiva pode ser arriscada para um time que se destacou atuando de forma reativa. O Santa Cruz precisa ter cuidado para não abrir espaços para os rápidos contra-ataques do rival.
Sport: o que fazer?
Pela primeira vez, o técnico do Sport, Pepa, tem a chance de escalar a mesma equipe em partidas consecutivas. Após 16 jogos promovendo rodízios, essa estabilidade seria uma novidade. Muitos acreditam que Pepa optará por repetir a escalação, mas é possível que busque reforçar o meio. Sem Zé Lucas, na Seleção Sub-17, Fabrício Dominguez pode ser a escolha, deslocando Carlos Alberto para a frente. Outros defendem a entrada de Gustavo Maia, que traz uma contribuição defensiva e pode ser vital ao lado de Lobato para acionar o contra-ataque. E ainda pode ter no banco as voltas de Barletta e Tití Ortiz. As dúvidas permanecem nas laterais: manter a segurança defensiva com Matheus Alexandre e Dalbert ou priorizar a força ofensiva com Hereda e Igor Caríus? Essas decisões serão reveladas apenas uma hora antes do apito inicial do Clássico das Multidões.
Fênix na vantagem sobre o Azulão
No domingo, vejo o Retrô como favorito contra o Maguary, na Ilha. Com a moral elevada após a classificação na Copa do Brasil, a Fênix joga pelo empate. O Azulão, por sua vez, precisa de um desempenho diferente na parte ofensiva, já que o primeiro jogo foi bem abaixo.
