“Em 2017, passei a frequentar o conselho, eu fui convidado por um amigo, que não vinha há muito tempo. E hoje em 2023, apenas seis anos depois que eu entrei na política do clube, meu nome está sendo cogitado para ser presidente do clube, já é uma honra do tamanho do mundo. As pessoas falarem, eu sou abordado, eu vejo na internet, isso já é uma honra. Nunca imaginei que estaria nessa posição hoje, em 2017 entrei, depois eu já fui presidente do conselho, vice-presidente do conselho, já estive na posição de vice-presidente e já fui presidente do clube por 40 dias. Então, a vida dá tantas voltas que eu nunca vou dizer nunca”, disse Marino, em entrevista ao podcast Expressão Coral.
Vale destacar que apesar do grupo político ter definido o nome de Marino Abreu, candidato a presidente do Santa Cruz, outros nomes ainda vem sendo debatido nos bastidores para composição da chapa - para formar a coalizão para definir o vice-presidente e o candidato à presidência do Conselho Deliberativo. Apesar de estar aberto para debater uma espécie de candidatura única como foi proposto pelo presidente em exercício do Santa Cruz, Jairo Rocha, representantes do grupo de Marino Abreu afirmam que não houve nenhuma manifestão, mas seguem abertos para o diálogo.
Principal representante do Conselho Deliberativo, Marino Abreu, travou inúmeros embates com o Poder Executivo, liderado por Antônio Luiz Neto, como por exemplo, pela participação do associado do Mais Querido na apreciação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Entre as guerras na justiça, Marino chegou a ser afastado do cargo por decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE). Mas retornou a presidência e assumiu o protagonismo no processo de reprovação das contas do executivo e pela retomada da AGE dos sócios pela SAF.
Trajetória na política do Santa Cruz
Conselheiro do Santa Cruz desde 2017, Marino Abreu participou do processo de reforma do estatuto. Único representante do núcleo do Pró-Santa, que foi eleito para comandar o Mais Querido no triênio 2021-2023, sob a tutela do presidente executivo Joaquim Bezerra. No entanto, após fracassos dentro de campos que culminaram no rebaixamento à Série D e fora de campo sofrendo com inúmeros protestos violentos, a chapa foi aos poucos sendo diluída. Entre os pedidos de saídas estava o de Mário Godoy, que deixou a presidência para Marino Abreu, até então vice-presidente do Conselho.
“Eu vou falar na minha opinião, quando o Pró-Santa entrou, ele prometeu muita coisa na campanha. A expectativa estava muito alta, tudo aquilo que foi prometido não era possível de acontecer em seis meses. Então, do jeito que a expectativa foi muito alta, a frustração também foi muito alta. Outra coisa eu acho que o Pró-Santa não teve paciência, eu ainda acredito que o Pró-Santa poderia ter dado certo. A gestão implodiu em seis meses, Joaquim assumiu em fevereiro, em agosto praticamente a gente estava rebaixado. E a partir de agosto, Joaquim já foi caminhando para não ser presidente”, declarou Marino Abreu.
Após renúncia do chefe do executivo, Joaquim Bezerra, e com o retorno de Antônio Luiz Neto à presidência após um acordo entre situação e oposição por candidatura única. O Conselho Deliberativo liderado por Marino Abreu iniciou disputas internas com o Poder Executivo. O embate, por vezes, ultrapassou os limites do clube, com alguns membros do executivo o coagindo, chegando até a ameaças de agressões e morte.
