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Juventude vence e decreta rebaixamento do Sport para a Série B

Leão apresentou diversos fatores que resultaram na queda de divisão

postado em 30/11/2021 20:58 / atualizado em 30/11/2021 20:58

<i>(Foto: Paulo Paiva/DP Foto)</i>
Após uma campanha bem ruim ao longo de toda a Série A do Campeonato Brasileiro, o Sport confirmou, nesta terça-feira (30), o seu rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, após a vitória do Juventude sobre o RB Bragantino, pelo placar de 1 a 0, que encerra qualquer possibilidade do Leão se manter na elite do futebol nacional.

Porém, esse caminho para o rebaixamento para a segunda divisão que o Sport percorreu foi traçado desde o início da competição. O Leão iniciou o Brasileirão com uma perspectiva de permanência muito grande, já que possuía uma equipe bem superior tecnicamente do que o da temporada passada. Principalmente, com as chegadas de André, Everaldo e Neilton, além da permanência de Thiago Neves, peça importante da equipe na edição anterior da competição.

No entanto, o que pudemos acompanhar desde o início do campeonato era uma equipe com vários defeitos. O principal deles, e que viria a ser um ponto importante na campanha ruim do Sport na Série A, foi o encaixe no sistema ofensivo, que não conseguia ser efetivo nos jogos, mesmo contra equipes que eram consideradas adversários diretos na briga contra o rebaixamento.

Tanto que nos primeiros dez jogos, o Sport só marcou gol em quatro partidas. Esse seria um reflexo de um setor ofensivo mal encaixado pelo técnico Umberto Louzer, à época. O desempenho ruim passou a ser constante, apesar da solidez defensiva que, ainda que marcando pouco, o time rubro-negro também sofria poucos gols, não à toa é uma das melhores defesa da competição, mesmo com o rebaixamento adiantado.

A paciência com o trabalho de Louzer acabou após a derrota para o São Paulo, na 17ª rodada. Naquele momento, o Sport caiu para a 18ª colocação, com 15 pontos ganhos, três vitórias, seis empates e oito derrotas, sendo oito gols marcados e 14 sofridos. O ex-comandante foi demitido com um aproveitamento de 29,4%.

Nas duas rodadas seguintes, o Sport estreava o técnico paraguaio Gustavo Florentín. O trabalho do treinador demorou alguns jogos para engrenar, mas com ele viveu seu melhor momento na Série A ao emplacar três vitórias consecutivas contra Grêmio, Juventude e Corinthians, onde trouxe de volta a confiança da torcida em uma permanência.

Florentín pediu reforços, a diretoria de futebol, à época comandada por Nelo Campos, trouxe alguns nomes, sendo que três jogadores acabaram não sendo registrados na competição e o treinador teve que se limitar a trabalhar com as peças que tinha. Se já não bastasse a falta de reforços, jogadores relevantes começaram a deixar o clube, como foram os casos de André e Thiago Neves.

Tudo que já tá ruim pode ficar pior. Sem reforços e com a saída de jogadores, Florentín ainda teve que acompanhar as lesões tirando suas opções para montar a equipe e perdeu Everaldo, Leandro Barcia e Neilton por vários jogos, limitando suas escolhas a peças da categoria de base e nesses jovens ressurgiram um pouco a possibilidade de permanecer na Série A e de faturar financeiramente no futuro.

O melhor momento do setor ofensivo foi com os bons desempenhos de Gustavo e Mikael. Ambos, os grandes destaques da reta final do Sport que fez o ataque se tornar um perigo para os adversários e voltar a trazer vitórias para os pernambucanos, mas que não foram o suficiente para evitar o clube de ter a sua pior campanha ofensivamente na história da Série A e o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro.

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